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Condenados a 207 anos de prisão por chacina no Ceará fogem de viatura após julgamento

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Os três homens condenados por participação na Chacina de Quixeramobim, que resultou na morte de quatro pessoas em 2018, fugiram logo após o julgamento, na noite desta sexta-feira (26). Fonte ouvida pelo g1 afirmou que o trio, algemado e escoltado após a audiência, não estava no carro da polícia na chegada do veículo a unidade prisional.

O g1 questionou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) sobre a fuga, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Vídeo obtido pelo g1 mostra a viatura policial vandalizada no compartimento dos presos.

Os fugitivos, Francisco Fábio Aragão da Silva, Izaias Maciel da Costa e Mateus Fernandes de Sousa foram condenados a 207 anos e quatro meses de reclusão em julgamento ocorrido em Fortaleza. A sessão teve início às 9h e foi concluída às 23h30 desta sexta, na 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, após transferência da comarca de origem.

Os três réus foram condenados por homicídios qualificados por motivo torpe — disputa de facções criminosas — e recurso que impossibilitou defesas das vítimas, bem como por integrarem organização criminosa.

Segundo a fonte ouvida pelo g1, o trio foi escoltado por pelo menos quatro agentes e levado ao carro da polícia após os procedimentos finais do julgamento, que teve participação de familiares deles. No entanto, os réus — que estavam presos preventivamente — não estavam no veículo na chegada à Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza.

Por volta das 2h deste sábado (26), o veículo voltava de um júri no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, com os condenados. Ao chegar à unidade, os agentes perceberam que os presos haviam desaparecido.

De acordo com a presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Ruth Leite Vieira, policiais penais que não quiseram se identificar se queixaram de três agentes terem feito a escola dos presos, com alta periculosidade, sozinhos durante a madrugada. Segundo eles, tais condições de escolta são inadequadas — o que foi corroborado em particular pela representante do órgão.

 

Fonte: G1 CE

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