Iguatu

Casal viaja quase 2.700 km a pé de São Paulo a Iguatu para encontrar parentes

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Está Iguatu desde a última quinta-feira, 13, o casal, Francisco Welington dos Santos, 30, e Carina Sílvia Renata Nunes, 29, que ficaram famosos por tomar os noticiários do estado por se propor a encarar um percurso de 2.726 quilômetros a pé. Num Trajeto Osasco cidade do interior de São Paulo à Iguatu tendo como companhia a fiel cadela de nome ‘Sabrina’. A reportagem da Rádio Mais FM foi até a residência provisória de ambos, conhecer um pouco da história de vida do casal e primeiro entender como um apareceu na vida um do outro.

Tudo começou no ano de 2002, ele, paraibano, trabalhava num parque de diversões que estava em Iguatu na festa da exposição. Era o mês de setembro daquele ano. Apaixonaram-se e Carina, na época com 13 anos, resolveu acompanhar Welington a sua ida ao sudeste.

Volta ao Ceará

De acordo com Welington não teve nada ligado a promessa religiosa e sim a necessidade de recomeçar a vida depois de uma tragédia quando uma enxurrada varreu a cidade repentinamente numa madrugada fatídica. A chuva destruiu o que eles haviam construído ao longo da estada em São Paulo. “O desejo de reiniciar sua vida longe do lugar que dava as piores lembranças foi o que me motivou pra seguir viagem”, disse.

Reportagem repercutida na programação da Rádio Mais FM

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Em dado momento da entrevista com olhos marejados ele se lembra da tragédia  que matou os pais dele, o avô e um filho de 8 anos, da união com Carina. “Foi a pior dor sentida enterrar meu filho, que apesar da idade tinha atitude e coragem de uma homem”, lembrou.

Em Osasco ele ganhava a vida coletando material reciclável com um carinho parecido com que ele reformou pra recomeçar a vida pegando a estrada com sua companheira com destino ao Ceará.

Carregando como patrimônio a cadela Sabrina, e um carro artesanal para transportar a bagagem, feito a mão, composta por estrutura de ferro, madeira e lona sobre um eixo com duas rodas que eles empurraram até o município de Saboeiro, onde um caminhão reboque enviado pelo empresário iguatuense Assis Couras, foi apanhá-los, a cerca de 80 quilômetros do destino final.

Bebê

Sua companheira Carina avessa aos microfones por timidez preferiu não gravar entrevista, motivado também pelas consequências dos 37 meses de viagem e a gravidez de três ou quatro meses. Nem mesmo ela sabe ao certo. Por ter ficado tanto tempo na estrada, o casal perdeu a noção do tempo.  Ela agora vai precisar iniciar o pré-natal do bebê, pois não sabe como a criança está, não sabe o sexo, peso, nem o tempo da gestação.

Hoje na rua Porfírio Alves, à altura do nº 222, bairro Veneza, numa casinha simples de três cômodos, onde residem os pais de Carina, Joaquim Nunes de Oliveira e Francisca Matias da Silva, eles tentam recomeçar a vida esperando uma oportunidade, que caso não apareça disse ter coragem pra continuar no mesmo modo; catando materiais recicláveis. “Qualquer ajuda ou oportunidade será bem vinda, mas não faltará coragem pra trabalhar”, disse.

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