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Camilo anuncia repasse federal de R$ 619 milhões para Cinturão das Águas

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O anúncio foi feito por meio das redes sociais. O governador afirmou que o repasse federal já está publicado em Diário Oficial da União e definiu a verba para às obras como “motivo de muita alegria e esperança”.

O governador Camilo Santana (PT) anunciou na tarde desta segunda-feira, 2, a liberação de R$ 619 milhões do Governo Federal para obras do Cinturão das Águas (CAC). A informação foi dada pelo gestor por meio de seu perfil no Instagram.

“Recebi uma importante notícia para a área de recursos hídricos do Ceará, que tem sido uma das prioridades do nosso governo. Consegui a aprovação, junto ao Governo Federal, de um reforço de verbas de 619 milhões de reais para garantir o avanço das obras do Cinturão das Águas”, afirmou. Conforme o governador, o aditivo já foi publicado no Diário Oficial da União.

“Com a expectativa da chegada das águas do São Francisco já a partir de agosto deste ano, o CAC terá relevante papel na distribuição dessa água para boa parte do sertão cearense”, explica Camilo, lembrando que 2016 é o quinto ano de seca no Ceará e definindo as novas verbas para o Cinturão como “motivo de muita alegria e esperança”.

Por meio da assessoria da Casa Civil, o secretário dos Recursos Hídricos do Estado, Francisco Texeira, afirmou que com os recursos a totalidade dos 146 quilômetros do chamado Trecho 1 da obra serão concluídos. “(O trecho) vai levar água do final do Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco até Nova Olinda, no Cariri”, reforçou o secretário.

De acordo com a nota, o primeiro trecho, além de atender as cidades do Cariri, vai levar as águas do São Francisco ao Rio Cariús, e dali ao Açude Orós. Com a chegada das águas do rio São Francisco ainda este ano, o CAC terá importante papel na distribuição de água para boa parte do sertão cearense.

Trecho

No Trecho 1, o equipamento vai beneficiar, conforme projeções do governo estadual, mais um milhão de pessoas na Região do Cariri, atendendo diretamente às cidades de Jati, Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato, Nova Olinda, Milagres, Farias Brito, Lavras da Mangabeira, Iguatu, Icó, Orós, Mauriti, Aurora, Cariús e Quixelô.

Histórico

A concepção preliminar do CAC teve origem no final dos anos 1990, no âmbito dos extensos estudos de “Inserção Regional” do Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco (PTRSF) para o Nordeste Setentrional. Foi traçado um canal que praticamente circundaria os limites sul e oeste do Estado. À época, rotulou-se essa ideia de “Cordão de Água”.

Em março de 2009, a SRH contratou o “Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica, Estudo Ambiental e Anteprojeto do Trecho Jati-Cariús” para o que, então, denominou-se de CAC.

À Espera de Francisco

No caderno especial “À Espera de Francisco”, publicado nesta segunda-feira no O POVO, Francisco Teixeira afirmou em entrevista que o Cinturão das Água era motivo de preocupação.

“(A obra do Cinturão das Águas) Está com algo em torno de 27%. Estamos trabalhando só um lote. São 146 km (primeiro trecho), estamos trabalhando os primeiros 40 km. Vamos ver aí como fica nesse novo cenário político”, afirmou.

“Eu tenho mais preocupação com o CAC (do que com a tranposição do Rio São Francisco) porque é uma obra delegada, é obra do Governo Federal, do Ministério da Integração. O São Francisco, o Ministério é que conduz. Ao contrário das outras obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que são delegadas. E, num cenário de restrição econômica que vivemos e imagino que será maior, aí na hora dos cortes não sei como vai ser. O CAC é uma obra associada ao projeto de integração do São Francisco, vai dar maior capilaridade à água do São Francisco no interior do Estado. É importante em função disso, mas na hora dos cortes de recursos que um possível novo governo venha fazer, eu tenho medo”, acredita.

Redação O POVO Online

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