Policial
Cadeia pública de Horizonte volta a receber detentos
[caption id="attachment_9774" align="alignleft" width="500"]Sob forte esquema de segurança, a Coordenadoria do Sistema Penal (Cosipe) fez a transferência de 24 presos da delegacia para a Cadeia Pública FOTO: BEATRIZ BLEY[/caption]Vinte e quatro presos que superlotavam a carceragem da Delegacia Metropolitana de Horizonte foram transferidos, no fim da manhã de ontem, para a Cadeia Pública daquela cidade.
A Unidade prisional estava interditada por ordem da Justiça, mas, depois de passar por uma reforma completa, foi reaberta pela Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania (Sejus).
O delegado de Horizonte, Kim Barreto, esclareceu à Reportagem que, diante da superlotação de presos na delegacia, enviou vários ofícios à Justiça solicitando vagas nas unidades prisionais da Grande Fortaleza.
A superlotação estava dificultando o trabalho dos inspetores, que tinham de fazer as vezes de agentes penitenciários, deixando de investigar os crimes registrados na cidade, principalmente os homicídios dolosos.
Reforço
Os presos foram transferidos logo após a chegada dos agentes penitenciários lotados no Grupo de Apoio Penitenciário (GAP). A equipe é treinada para atuar em escoltas e transferências de presos, além de fazer intervenções durante rebeliões ou motins nos presídios, penitenciárias e cadeias públicas localizados na Capital e Interior.
Na transferência de ontem, segundo Iran Batista, comandante do Operações Cosipe, foram mobilizados nove homens. Parte do pessoal foi responsável pela retirada dos presos das celas da delegacia e a transferência até as viaturas da Cosipe. Outros agentes isolaram o entorno da DMH.
Curiosos que se aproximaram para acompanhar o procedimento foram aconselhados a ficarem distante, por conta da possibilidade de confronto, caso houvesse tentativa de resgate.
Superlotação
Cerca de 600 presos lotam as delegacias de Polícia Civil de Fortaleza e da sua região metropolitana. A falta de vagas no Sistema Penal tem trazido graves prejuízos para as atividades da instituição, já que os inspetores, escrivães e delegados passam a se ocupar da custódia dos detentos. Por conta disso, a tarefa de investigar e esclarecer crimes fica em segundo plano.
A Sejus deve iniciar, ainda neste semestre, a construção de novos presídios e de um complexo de alta segurança na RMF.
Fonte: Diário do Nordeste
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