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Britânico passa dez meses com Covid-19 e é o caso mais longo já registrado da doença

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O britânico Dave Smith, instrutor de autoescola e músico, é o caso mais longo de infecção por Covid-19 no mundo. Diagnosticado com a doença em março de 2020, ele passou o total de dez meses em busca de se livrar do coronavírus.

Ao todo, 44 testes foram feitos em Dave, sendo 43 destes positivos. Segundo a equipe médica que acompanhou o britânico, foram necessários 290 dias para atestar a cura pela infecção.

Em entrevista à BBC, ele contou estar com o sistema imunológico vulnerável quando contraiu a doença, pois havia realizado quimioterapia no tratamento da leucemia.

“Todos os testes davam positivo. Uma semana depois, positivo. Rezava para que o próximo fosse negativo, mas nunca era”, explicou.

Dez meses com Covid-19, sete internações no hospital e cerca de 63 kg perdidos foram as batalhes de Dave. Os sintomas da doença, ele relatou, sempre ficavam cada vez mais fortes.

“Uma vez eu tossi por 5 horas sem parar. Não falo de tossir, parar, tossir, parar. Mas de tossir, tossir e tossir sem parar, por 5 horas. Consegue imaginar o cansaço que isso causa ao seu corpo?”, continuou na entrevista à emissora britânica.

DESACREDITADO

Exatamente por isso, sem acreditar na recuperação, Dave resolveu se despedir da família e dos amigos. “Fiz uma lista com as músicas que queria que tocassem em meu velório”, relatou.

No entanto, a notícia boa acabou vindo. Após tratamento com remédios antivirais da farmacêutica norte-americana Regeneron, que fizeram uma doação, Dave recebeu o resultado negativo para o último teste.

Assim, a celebração também aconteceu. “Tínhamos uma garrafa de champanhe fazia não sei quanto tempo. Abrimos e bebemos. E nós nem bebemos”, disse.

ESTUDOS NO CASO

Ainda assim, segundo médicos que trataram o idoso, não é possível saber se os medicamentos foram os responsáveis pela melhora. Ed Moran, do Southmed Hospital, diz que a certeza só ocorrerá com estuo adequado.

Enquanto isso, os cientistas da Universidade de Bristol estudarão o caso de Dave. O objetivo é entender como o vírus se comporta e como ele consegue se adaptar ao corpo dos seres humanos.

“É como se tivessem me dado minha vida de novo. Você pensa: ‘o que eu posso fazer com essa vida?'”, finaliza Dave Smith, sorridente com as novas possibilidades.

Fonte: Diário do Nordeste

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