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Bolsonaro excluiu ianomâmis de plano de ajuda alimentar
O governo de Jair Bolsonaro retirou o povo ianomâmi do programa Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Tradicionais (ADA), mesmo sendo avisado em três ofícios sobre a vulnerabilidade alimentar dos indígenas e dos pedidos para que as doações fossem retomadas. Documentos enviados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) entre junho de 2021 e março de 2022 para os ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Cidadania, aos quais o UOL teve acesso, mostram que o governo foi alertado sobre o quadro de déficit nutricional dos ianomâmi e da importância de manter o programa para a segurança alimentar daquela comunidade. Segundo a Sesai, o Distrito Sanitário Indígena Especial (Dsei) ianomâmi havia sido contemplado pela ADA em 2017, após uma determinação do Tribunal de Contas da União.
Não faltaram alertas sobre a situação dos ianomâmi. Seis meses antes da crise humanitária ganhar repercussão internacional, a ONU enviou ofício ao governo federal cobrando a retirada do garimpo ilegal das terras indígenas e uma “resposta à crítica situação da saúde e da subnutrição infantil”. Em meados de julho do ano passado, a ONU já classificava a condição dos povos ianomâmi como uma “grave crise humanitária e de direitos humanos”.
Em discurso a evangélicos nos Estados Unidos, neste sábado, Bolsonaro associou a crise humanitária do povo ianomâmi às demarcações de terras indígenas na região, sem apresentar nenhuma prova. Ele defendeu a exploração de riquezas minerais no território e insinuou que as demarcações de terras ocorriam por interesses de nações internacionais no país.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, informou que uma operação do Comitê de Operações Táticas destruiu neste sábado uma área de garimpo ilegal localizada a 15 km de uma comunidade onde vivem os povos isolados Moxihatëtëa em território ianomâmi. Segundo Guajajara, os garimpeiros poderão sair de maneira pacífica do local. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o garimpo ilegal em terras indígenas na região Norte do país cresceu 787% entre 2016 e 2022. Foram usados 12,87 km² de áreas indígenas para a atividade, contra 114,26 km² em 2021.
Equipes do Ibama detectaram novas invasões de garimpeiros ao território ianomâmi, que entram com combustíveis e alimentos para manter a atividade ilegal. Os agentes também perceberam que os invasores armados estão dispostos a resistir e enfrentar as forças policiais que operam na região destruindo aeronaves e maquinários, além de retirar os garimpeiros das terras indígenas.
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