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Ceará

Às vésperas do Dia das Crianças, protesto pede a volta dos “trenzinhos da alegria”

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Às vésperas do Dia das Crianças, comemorado anualmente em 12 de outubro, proprietários dos “trenzinhos da alegria” de Fortaleza protestaram, nesta quinta-feira, 7, na Avenida Beira mar, pela retomada do serviço de transporte recreativo na Capital cearense. A categoria teve as atividades interrompidas em janeiro de 2019, depois que o Ministério Público do Ceará (MPCE) moveu uma Ação Cautelar Preparatória apontando falta de regulamentação e fiscalização da atividade pelo poder público municipal.

Em outubro do ano passado, o então prefeito Roberto Cláudio sancionou a legislação que determina as regras de funcionamento do serviço na Cidade. Conforme a lei, aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores, os veículos devem atender às normas específicas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e às resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CNT).

Outra exigência é que os ‘trens’ sejam submetidos a uma vistoria técnica anual na Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor), procedimento que, segundo os proprietários, ainda não foi realizado em nenhum dos veículos com pedido de autorização em aberto.

De acordo com o vice-presidente da Associação das Empresas de Transporte Recreativo de Passageiros do Ceará (Assetre/CE), Jorge Teixeira, o impasse em torno da questão se arrasta desde o começo deste ano e segue sem previsão de quando será solucionado. “A gente cobra isso desde janeiro, mas infelizmente as respostas sempre são vagas. Primeiro, falaram que era por conta da pandemia. Só que agora, com a reabertura das atividades, nós temos a necessidade de voltar e de repor o ganha pão da gente e das pessoas que colaboram conosco”, justificou o dirigente.

Jorge ainda alega que, devido à restrição imposta ao serviço, os proprietários de trens tiveram que demitir funcionários e buscar outras fontes de renda para manter o sustento da família. No caso dele, por exemplo, a alternativa encontrada foi começar a trabalhar como motorista de aplicativo. “Tinha feito um investimento no trem de R$ 130 mil antes dessa suspensão. Depois que parou, já tive que vender carro, bicicleta e muitos outros bens. Trabalhar como motorista de aplicativo foi minha única opção”, contou.

Segundo ele, os proprietários de trenzinhos recusam com frequência solicitações pelo serviço de transporte vindas de escolas, empresas e lar de idosos, por exemplo, por ainda não terem a autorização de funcionamento.

3º Dia das Crianças sem “trenzinhos da alegria” em Fortaleza
Dono do primeiro “trem da alegria” a circular na Capital, em 1984, o empresário Carlos Fernandes Vieira diz que o próximo Dia das Crianças, assim como nos dois anos anteriores, “será um pouco mais triste” sem a presença dos veículos nas ruas da Cidade. “É uma parte da história de Fortaleza que vai ficando para trás, sem o mínimo de consideração. Isso significa também uma perda muito grande para todos nós que dependemos desse ramo, porque [o Dia das Crianças] era o período que a gente arrecadava mais”, afirmou, acrescentando ainda que após a paralisação do serviço precisou dispensar 25 colaboradores por perda total de faturamento.

Segundo a Assetre/CE, os trenzinhos da alegria de Fortaleza transportavam cerca de 698 mil passageiros por ano. Até a interrupção da atividade, 25 veículos circulavam diariamente em diferentes localidades da Capital. A associação estima que o faturamento mensal de cada proprietário era de aproximadamente R$ 3.400.

Fonte: O Povo

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