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Alemão de 81 anos mantém rotina de kitesurfe no Ceará há uma década

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Todas as pessoas do mundo são — ou ao menos podem ser — incríveis. Cada história é única e cabe aos contadores, sejam eles escritores, artistas, músicos ou jornalistas, a missão de tentar contá-las.

Falar de outras artes seria abstração. O jornalismo por certo é falho. Tem limites, algo que histórias pessoais, por definição, nunca terão.

Ruediger Ran fez questão de não deixar a velhice ser o ocaso da própria existência. É um homem simples, que vive sob a fundação do que acredita — exercícios físicos, isolamento social, muita lentilha.

Coube à generosidade do alemão de 81 anos — que há 10 faz dos mares e céus da praia da Taíba, no Ceará, seu maior prazer —, ofertar oportunidade de um jornalista de 27 anos ouvir como sobreviver a um corpo que rejeita a vivacidade de uma mente.

Essa é a história do encontro entre Ruediger Ran, que por quatro meses por ano foge do frio da Alemanha rumo ao litoral cearense, com Lucas Mota, repórter que confessa sonhar ter a resistência do veterano aventureiro.

Foi uma tarde de conversa. Pouco tempo para compreender décadas. Pouco tempo para compreender dias.

Ruediger Ran encara a depressão, supera o peso da idade e faz do esporte sua casa no Ceará. Há dez anos, ele viaja à Praia da Taíba para encarar o mar do alto na sua pipa.

DAS DORES NO INVERNO ALEMÃO AO REFÚGIO CALOROSO DO CEARÁ

O frio de Ravensburg, ao sul da Alemanha, é barreira intransponível para Ruediger Ran seguir trilhando paixão pela prática esportiva. Professor de educação física aposentado, o alemão dedicou a vida ao esporte.

Ruediger Ran é um exímio adepto do costume saudável. Segue à risca a cartilha. Alimento é só aquilo que vem do “chão”.

“Um dia, Ruediger decidiu encontrar uma acomodação mais barata ao lado da Vila Marola”, narra Sigita Pipiriene, proprietária do hotel que hospeda o alemão há dez anos. Naquele então, o dinheiro era obstáculo, mas o Ceará se mantinha como refúgio.

Fonte: O Povo

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