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UFMG cria método inédito para diagnosticar Covid-19 e outras doenças virais com uso de inteligência artificial

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Pesquisadores da UFMG seguem estudando a contaminação pelo novo coronavírus. Neste mês de julho, um grupo formado por integrantes dos departamentos de Física e Microbiologia anunciou a descoberta de um método inédito, que utiliza inteligência artificial para diagnóstico da Covid-19 e, também, de outras doenças virais, como dengue e zika.

“É um método rápido, não invasivo e muito preciso, que não requer condições de biossegurança específicas. Ou seja, pode ser utilizado em qualquer laboratório, posto de saúde ou hospital”, explicou o professor Juan González, do Departamento de Física da UFMG.

A plataforma, batizada de PoLiVirUS, funciona por meio da comparação entre células infectadas e amostras não infectadas. O professor González explica que a inteligência artificial é treinada com um grande conjunto de espectros de amostras, de diagnóstico conhecido, e acaba aprendendo a distinguir umas das outras.

Com isso, se torna apta a processar os espectros de novas amostras, reconhecendo infecções por diferentes vírus. O projeto teve início logo que os principais casos da infecção causada pelo novo coronavírus foram registrados no Brasil, e os testes clínicos com amostras de pacientes reais começaram há duas semanas e apresentaram acurácia de quase 90%.

Financiamento

O estudo tem coautoria do professor Juan González, dos pesquisadores Lídia Maria de Andrade e Paulo Henrique Amaral (residentes de pós-doutorado do Departamento de Física) e de Flávio Guimarães da Fonseca, docente do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas.

A plataforma recebeu aporte de R$ 149 mil da Fapemig, por meio do programa emergencial de ações de enfrentamento da pandemia. No entanto, destacou o professor González, o valor aportado é insuficiente para a conclusão dos trabalhos. Por isso, os pesquisadores reforçam a importância de receberem mais financiamento, seja do setor público, seja da iniciativa privada.

“A Fapemig aprovou o projeto de pesquisa para continuarmos a desenvolver o projeto. Foi muito bom, mas, lamentavelmente, é pouco. Temos dificuldades, também, por termos uma equipe pequena, que graças a este aporte ganhou mais um integrante, mas que trabalha de forma voluntária. Agora somos quatro, mas ainda temos que nos dividir nos outros projetos nos quais trabalhamos”, salientou o professor González.

Nesta semana, os pesquisadores fizeram o pedido de patente do trabalho. A partir de agora, a pesquisa passa pelas etapas de aprimoramento, validação e certificação da metodologia. Mas o andamento dessas etapas depende muito de financiamento, que é “o verdadeiro gargalo”, segundo o professor.

Fonte: G1

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