Iguatu
Opinião: O papel do Professor, em sala de aula e fora dela
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Foto: Iury Sarmento[/caption]É inquestionável que o lócus de atuação prioritário do professor é a escola e em particular, a sala de aula.

Foto: Iury Sarmento
Portanto, é nossa obrigação darmos boas aulas, dominarmos os conteúdos e saber repassá-los, desenvolvermos atividades para além das quatro paredes da sala de aula (pesquisa, extensão, eventos científicos…), claro que sempre a partir das nossas condições de trabalho e possibilidades institucionais.
Porém, talvez junto com a missão cotidiana da sala de aula, dentre as atividades mais importantes do professor esteja a educação política.
Se concordamos com Paulo Freire na compreensão de que a educação é antes de tudo um ato político, uma vez que tal atividade não pode ser desvinculada de visões de mundo, opiniões, ideologias, atitudes, etc., devemos ser os mais coerentes possíveis entre o nosso discurso e a nossa prática.
Antonio Gramsci foi enfático ao afirmar que a indiferença é o peso morto da história e que, portanto, a omissão em torno de questões decisivas como a luta em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho é, queiramos ou não, uma posição política.
O que pensam nossos educandos e qual a influência sobre eles ao tomarmos uma posição A ou B? Da atitude crítica, da participação política, da luta pelos direitos ou, do “isso é perda de tempo”, “não leva a nada”, não tenho nada a ver com isso”?
O que pensam nossos educandos e qual a influência sobre eles se não participo de um ato, de uma mobilização, se não vou pra rua junto com eles? Ensinando e aprendendo a partir da necessária relação entre teoria e prática, discurso e exemplo?
Acho que o ponto de partida é a obrigação de sermos coerentes, assumindo nossa posição, seja A ou B. Assim, a educação política pode se desenvolver com mais clareza, a partir da diversidade de opiniões e visões de mundo, contribuindo para que nossos educandos possam tomar suas decisões de forma mais consciente e autônoma.
Nessas últimas semanas a FECLI deu uma aula de cidadania para o conjunto da sociedade iguatuense. Com muita organização e luta em defesa da universidade pública e de qualidade, conseguimos dialogar com o povo e constranger as “autoridades” em torno de nossas carências e reivindicações.
Espero que consigamos avançar nesse processo, consolidando nossa faculdade como uma importante formadora de professores para a região Centro-Sul do Ceará. E, por que não? Como uma importante formadora de sujeitos conscientes de seus direitos e dispostos a defendê-los dentro e fora da sala de aula.
* Pedro Silva é professor da UECE/FECLI, diretor da SINDUECE e militante da Consulta Popular
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