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Ceará

PIB do Ceará desacelera e cresce apenas 1,94%

Em igual período de 2012, avanço havia sido de 3,4%; agropecuária e serviços puxaram índice para baixo

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Em igual período de 2012, avanço havia sido de 3,4%; agropecuária e serviços puxaram índice para baixo

 

De janeiro a março deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou um crescimento de 1,94% na comparação com igual período de 2012, segundo relatório divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Conforme o Ipece já esperava, a agropecuária apresentou o pior resultado entre os setores da economia, com um recuo de 5,94%; segundo órgão, mau desempenho é natural no começo do ano FOTO: ANTÔNIO CARLOS ALVES

O resultado representa uma desaceleração da atividade econômica cearense, já que, no primeiro trimestre do ano passado, o avanço havia sido de 3,4% em relação ao mesmo intervalo de 2011. Além disso, o Estado deixou de apresentar indicadores bem superiores aos da média nacional, conforme o Diário do Nordeste antecipou ontem. Se de janeiro a março de 2012, o crescimento nacional fora de apenas 0,8%, contra os já citados 3,4% do Ceará, em 2013, até agora, o País registra 1,9%, quase igual ao do Estado.

Tais diminuições de ritmo da economia local são atribuídas, principalmente, ao péssimo desempenho da agropecuária, que, no primeiro trimestre deste ano, recuou 5,94%. “A agricultura e a pecuária do Ceará só começam a dar uma resposta positiva a partir do segundo trimestre, quando se inicia a colheita do que foi plantado no período de chuvas. Então, é natural que este setor não se saia bem no começo do ano (em 2012, a queda fora de 9,8%)”, explica o diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba.

“A estiagem também tem prejudicado bastante, especialmente porque o segundo ano de seca costuma ser pior do que o primeiro, já que muitas animais morrem depois do primeiro”, acrescenta o economista. “Mesmo que este setor represente apenas 5% da economia do Ceará, ele acaba influenciando a indústria e outros setores, já que ele faz parte de uma cadeia, fornecendo matéria-prima”, explica.

Serviços

O desempenho do PIB cearense também foi influenciado pela desaceleração do setor de serviços, responsável por 70% da atividade econômica do Estado. De janeiro a março deste ano, o crescimento foi de 2,26%, na comparação com igual período de 2012, contra 5,1% na relação entre o primeiro trimestre do ano passado e o de 2011. “Isto aconteceu porque o nível de endividamento das famílias aumentou, diminuindo a concessão de crédito. Além disso, a inflação vem registrando índices altos. Tudo isso contribui para a redução do consumo, prejudicando o setor”.

Indústria

O setor industrial cearense apresentou um crescimento de 4,08% (-1,4% na média nacional). “Esse resultado é muito bom se deve ao fato de que, em 2012, a Indústria do Estado teve um desempenho muito ruim (1,6%)”, lembra Ataliba.

Instituto sustenta projeção de 4% para 2013

Ainda que o resultado do primeiro trimestre do PIB cearense não tenha sido tão animador, o Ipece sustenta sua projeção de 4% para o crescimento da atividade econômica do Estado em 2013, na comparação com o ano passado, divulgada no início deste ano. “Nós estamos esperando que a agropecuária tenha um desempenho melhor a partir do segundo trimestre e também que os investimentos públicos previstos para 2013, de R$ 5,5 bilhões, deslanchem a partir do segundo semestre”, explica Ataliba.

Com isso, a projeção do Ipece segue acima do que é estimado pelo mercado financeiro para o crescimento do PIB nacional para 2,53%, antes de 2,77%. É a quarta baixa seguida.

10 anos do Ipece

Na mesma solenidade que divulgou os resultados do PIB do Ceará no primeiro trimestre, o Ipece celebrou, na Assembleia Legislativa do Estado, seus 10 anos de existência. “Você não consegue desenvolver políticas públicas de qualidade sem ser de forma inteligente, e, para isso, você precisa de dados que ajudem a elaborar tais ações. Estimular o crescimento da renda e distribuí-la da melhor maneira é nosso desafio, e, por isso, estamos ajudando todas as secretarias”, 

 

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