Ceará
MP cobra reparação de vereador que citou cura de autismo ‘na chibata’
Ministério Público do Ceará Vai Exigir Reparação por Discurso Discriminatório de Vereador sobre Transtorno do Espectro Autista
O Ministério Público do Ceará (MPCE) anunciou sua intenção de buscar reparação por um “discurso discriminatório” proferido pelo vereador Eúde Lucas, presidente da Câmara de Jucás, a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), condição que afeta aproximadamente dois milhões de brasileiros. O pronunciamento ocorreu no dia 20 de setembro, durante uma sessão da Câmara de Jucás, localizada a 406 km de Fortaleza.
Em nota de repúdio à declaração do vereador, o Ministério Público afirmou que tomará “todas as medidas legais cabíveis, tanto na esfera cível quanto criminal, para garantir as devidas reparações”.
Durante seu discurso na Câmara, o vereador desconsiderou mensagens de apoio à atriz Letícia Sabatella, que havia compartilhado sua jornada com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista no programa Fantástico. Em seguida, Eúde Lucas comentou que ele próprio havia perdido a condição de autismo “na peia” ou “na chibata”, referindo-se a um tratamento agressivo.
“Existe uma declaração circulando sobre os artistas, os autores, sei lá… Eu digo ‘eu era autista’, mas meu pai ‘tirou’ o autismo de mim na peia. Naquele tempo, o autismo era retirado ‘na chibata’. Porque eu era um menino meio travesso”, afirmou.
Em resposta, Eúde Lucas esclareceu que não teve a intenção de ofender, admitindo que sua expressão foi equivocada. Ele lamentou profundamente qualquer má interpretação e salientou que estava fazendo referência a seu próprio passado, quando ele próprio recebeu esse tipo de tratamento de seu pai. O vereador também afirmou que propôs projetos de lei em defesa das pessoas com autismo no município.
Acolhimento e Dedicação
De acordo com o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma “disfunção caracterizada por alterações no neurodesenvolvimento”. Indivíduos diagnosticados com TEA podem apresentar alterações na comunicação, interação social e comportamento.
Segundo a pasta, é comum que pessoas com TEA manifestem ações repetitivas, foco excessivo em objetos específicos e restrição de interesses.
Os graus de gravidade dentro do espectro variam, com algumas pessoas vivendo de forma independente, apresentando discretas dificuldades de adaptação, enquanto outras necessitam de suporte contínuo para realizar atividades cotidianas.
O Ministério da Saúde ressalta que o tratamento para pessoas com transtorno do espectro autista envolve acolhimento e dedicação.
“Cuidar de uma pessoa com TEA requer extensa e contínua dedicação por parte da família, muitas vezes resultando na diminuição das atividades de trabalho e lazer, e até negligência nos cuidados com a saúde dos membros da família.”
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