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AMERICANDO: A rua dos tristes

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“Perguntou-me como é possível ver a injustiça, a miséria e a dor sem sentir a obrigação moral de mudar o que se vê. (José Saramago, 1922-2010).
Por Américo Neto.

Pode ser dia ou noite… com sol ou neblina… eles lá estão à deriva nos becos, ruas, vielas, praças e passeios públicos das grandes ou até pequenas cidades…

Alguns papelões, sacos, garrafas pets, fumaça, lonas, bonés velhos e sujos, trapos, cães, carroças, velhos, jovens, mulheres grávidas, crianças a chorar, restos de comida em quentinhas, latas, bitucas, isqueiros, cachimbos, gritos, desmaios, correria, um roubo, um homem que corre, muitos a vagar, a sirene da ambulância, as luzes piscando do carro da PM, cachorros que latem, um carro de propaganda, um outdoor iluminado, o carro da sopa e uma leve neblina para aumentar o frio na rua dos tristes que as cidades escravas do lucro riem nos postais em seu banal cotidiano e fingem não ver… Estas ruas com humanos transformados em trapos, por não suportarem a existência em meio a uma vida de viver para o lucro, hão de se proliferar em todas as cidades do mundo… Serão ou seremos milhões, uma que que você que me ouve agora e eu podemos um dia lá estar…

A rua dos tristes está sempre aberta para novos tristes das cidades que fingem viver…
Contato:
[email protected]

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