Brasil
4,6 milhões de brasileiros perderam o hábito de leitura em quatro anos, indica pesquisa
4,6 milhões de brasileiros deixaram o hábito de leitura entre 2015 e 2019. Esse é um dos resultados da quinta edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro, em parceria com o Itaú Cultural e o Ibope Inteligência. Atualmente, 52% da população pode ser considerada leitora, ou seja, alguém que leu um livro completo ou parte dele em três meses.
Essa atenuação pode ser explicada, principalmente, pela maior utilização das plataformas digitais. Dos 8.076 entrevistados de todos os estados, 66% citou que gosta de utilizar a internet durante o tempo livre; 62% preza pelo Whatsapp; e 51% tem preferência também por assistir filmes ou vídeos em casa.
A diminuição aconteceu em todas as classes sociais. Mas o destaque é para as classes mais altas: enquanto a A reduziu em 9% seu índice, a B caiu 7%. De acordo com Zoara Failla, coordenadora do levantamento, essa foi uma das maiores surpresas. Outro ponto que destaca entre os dados alarmantes é a redução da leitura regular entre a faixa etária de 11 a 17 anos.
“A gente não tem bibliotecas para o ensino fundamental e médio. Não podemos descuidar desse espaço que é a formação do futuro leitor. A gente desperta o interesse na infância, mas quem é o mediador a partir dos 11 anos? A família privilegiada não assume o papel de incentivador, e não há políticas públicas suficientes para formar o professor que ensina as crianças de famílias mais vulneráveis”, explica.
O papel do profissional que incentive o hábito é ainda mais importante quando se percebe um outro fato: 52% das pessoas obtiveram interesse pela literatura por causa da indicação na escola, por meio de professores. Outros estímulos são os filmes baseados em obras escritas, com 48%, e influência de amigos, com 41%.
Para Marcos Pereira, vice-presidente do Instituto Pró-Livro, a atenuação de leitores demonstra que é necessário investir em políticas públicas. “Quando analisamos os últimos 12 anos, vemos que não estamos indo para lugar nenhum. Claro que precisamos de bons acervos, boas instalações, mas não estão investindo no professor, no contador de histórias, o formador”, comenta.
Fonte: O Povo
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