Policial
Taxa de homicídios de homens negros no CE é 4,7 vezes maior que a de não negros

Dados mostram que, entre 2006 e 2016, houve crescimento de 95,2% nos homicídios de mulheres negras no Estado.
No Ceará, a taxa de homicídios de homens negros em 2016 foi 4,7 vezes maior que a de não negros no mesmo ano. O dado de mortes violentas exibe intensa desproporção racial também entre as mulheres: em uma década, houve aumento de 95,2% nos assassinatos das negras (pretas e pardas) e redução de 9,7% entre não negras (brancas, amarelas e indígenas).
Os números são do Atlas da Violência deste ano, com dados de 2006 a 2016 (veja quadro). A taxa destacada é sobre o número de mortes por 100 mil habitantes. Pela primeira vez, em 2016, o Brasil ultrapassou a marca de 30 homicídios por 100 mil habitantes. A taxa no Ceará cresceu 86,3%. Se considerados os dez anos observados, houve aumento em 12 das 13 categorias que detalham vítimas e formas de homicídio no Estado. A comparação entre 2015 e 2016, porém, exibe 11 quedas. Reduções seguidas de 2017, quando o Estado apresentou recorde: 5.134 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). A questão racial é preponderante. Enquanto o número absoluto de homicídios no Ceará caiu 13% entre 2015 e 2016, a taxa de homens negros mortos por cada 100 mil pessoas subiu 8,7% no período. “A população negra está sujeita a um conjunto de vulnerabilidades, e a morte violenta é uma delas”, destaca Cristina Neme, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Conforme a pesquisadora, a realidade exposta pelo Atlas retrata indicadores sociais já conhecidos. “Na saúde, por exemplo, mulheres negras morrem mais. Na educação, a maioria dos analfabetos é de pessoas negras”. Esses diagnósticos devem servir como base para formulação de políticas públicas direcionadas a essa população.
“Há dificuldade muito grande em reconhecer esse racismo, que é estrutural. Diante de uma sociedade que acredita na meritocracia, é difícil implementar políticas focalizadas e direcionadas”. De acordo com ela, políticas como a de cotas em universidades podem ajudar a inserir a população negra em diversos campos de atuação. “Espera-se que haja aumento da voz e da conquista de direitos. Mais negros nas instâncias de poder e menos morrendo dessa forma desproporcional”.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) enumera investimentos em efetivo policial e equipamentos, além da criação da Comissão de Estudo do Perfil das Vítimas de CVLI em outubro passado, para reduzir os assassinatos. A pasta ressalta que o Ceará “tem um dos maiores índices de elucidação de homicídios do Brasil – cerca de 23%, enquanto a média nacional é de 8%”.
Fonte: O Povo
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