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Polivalência potencializa jogadores e faz Ceni ganhar alternativas

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Trabalhar com um elenco curto, mas com todos os jogadores reunindo condições de atuar a qualquer momento e possuir atletas que tenham capacidade de desempenhar mais de uma função. Esta sempre foi uma premissa do técnico Rogério Ceni no Fortaleza, e o início de 2020 dá a dimensão da importância deste aspecto. Sem contar com um grupo numeroso de jogadores, o treinador ganha alternativas de jogo com peças do próprio elenco e vê o leque de opções ser ampliado para a temporada.

Nos jogos mais recentes, o exemplo mais claro disso tem sido o meia Marlon, que cresceu de desempenho nas últimas partidas, colaborado de forma importante e, nas vitórias sobre Independiente, pela Copa Sul-Americana, e Barbalha, pelo Campeonato Cearense, chegou a atuar em três posições diferentes: atacante, meia e até volante. E não foi a primeira vez que o paranaense de 30 anos desempenhou tal papel.

Apesar de críticas da torcida, Marlon é a personificação do quanto Ceni valoriza os atletas que cumprem o papel tático estabelecido no modelo de jogo. Se por vezes pode faltar qualidade técnica, sobre intensidade, vontade e entrega, algo que agrada ao treinador, sobretudo pela polivalência.

“(Ele) Fez um bom segundo tempo contra o Imperatriz e hoje fez um bom jogo novamente. Acho que ele se destacou, começou na esquerda, veio pra volante e foi pro lado direito no final. Como ele mesmo disse em uma entrevista, ele nunca será um Osvaldo, um Romarinho ou David, mas dentro da capacidade dele, contribui muito, tem um custo-benefício bom para o clube e como não temos (mais) jogadores que façam essa função de origem, ele tem entrado e colaborado como possível”, destacou Rogério Ceni, após o triunfo por 4 a 2 sobre o Barbalha, no último domingo.

Ceni reconhece que o Fortaleza tem que trabalhar com os recursos que possui, principalmente para, mesmo com um orçamento reduzido em comparação aos principais clubes do Brasil, ser competitivo.

“Essa é uma coisa importante no atleta quando ele consegue desempenhar mais de uma função. Ajuda muito o treinador na hora das substituições. (Marlon) Começou numa função aberto, quando Juninho sentiu um desconforto na perna e pediu pra sair, pude colocar um atacante e trazê-lo para uma posição que ele também tem conhecimento, de volante. Essa versatilidade é importante para um clube que não tem o mesmo poder aquisitivo que outros grandes, que podem ter 30, 33 jogadores no elenco e jogadores específicos para cada posição”, declarou Rogério.

Exemplos polivalentes

O caso de Marlon tem sido o mais emblemático, mas não é o único de polivalência no elenco leonino. Gabriel Dias, volante de origem, já virou lateral-direito para o técnico. Mariano Vázquez, meia-armador que pouco jogou ano passado, tem tido oportunidades e apresentado bom desempenho como atacante.

Além disso, em 2020, Rogério Ceni já utilizou Bruno Melo e Michel como zagueiros e Tinga como ponta-direita, por exemplo. Sem falar nos atacantes Ederson, Romarinho e David, capazes de atuar em qualquer das quatro posições do setor ofensivo.

Tudo em busca do melhor encaixe. As trocas de Ceni podem, para alguns, parecer “invenções”, mas na verdade é a exemplificação de como o treinador pensa em extrair o melhor que cada atleta pode oferecer em cada função, independente da posição. Até aqui, tem dado muito certo.

Fonte: Diário do Nordeste

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