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Petrobras gastou R$ 12 milhões para recolher o petróleo cru

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O derrame de petróleo cru em mais de 4 mil quilômetros do litoral do Nordeste e em parte da região Sudeste teria custado pelo menos R$ 12 milhões somente aos cofres da Petrobras. A empresa, que foi mobilizada para minimizar as consequências do desastre ambiental a partir 12/9 do ano passado, encerrou a operação de limpeza e mitigação dos danos nas praias, nos mangues e nos estuários ainda na primeira quinzena do mês passado.

No penúltimo dia de 2019, foram encontrados resíduos do petróleo cru nas praias de Caetanos de Cima e Apiques, situadas respectivamente nos municípios de Amontada e Itapipoca. Ontem, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional de Petróleo e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), informou que militares finalizaram a limpeza das últimas áreas atingidas no Ceará.

Até agora, segundo informações do site da Marinha do Brasil, foram recolhidas cerca de 5 mil toneladas do petróleo cru em toda a costa do Nordeste e em trechos do Sudeste. O volume total, alerta uma nota da Força Armada, não inclui somente óleo. Há também areia, lonas e outros materiais utilizados para a coleta da substância tóxica.

Quatro meses depois do primeiro registro do aparecimento da mancha de óleo, no litoral de Paraíba, 30/8, nem a Marinha do Brasil nem a Polícia Federal conseguiram identificar, de fato, os responsáveis pelo maior crime ambiental do litoral brasileiro.

Os dois inquéritos administrativos abertos na Capitania dos Portos de Pernambuco e outro na Diretoria Geral de Navegação no Rio de Janeiro, além de um inquérito policial da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, apontaram apenas indícios de que o derrame teria sido causado pelo navio grego Bouboulina. A empresa que opera com o petroleiro nega a autoria do crime.

As dúvidas e a inconsistência de provas são tão patentes que a Marinha notificou, além do Bouboulina, mais 29 embarcações que trafegaram pelo Atlântico “brasileiro” em um período anterior à primeira aparição do petróleo cru no litoral do Nordeste.

O POVO enviou perguntas, por e-mail, em outubro, pedindo detalhes sobre a investigação ao comando da Marinha. Recebeu como resposta que as informações sobre o assunto estavam sendo atualizadas no site da Força Armada.

Na página eletrônica, a Marinha informa que “as investigações prosseguem, visando identificar as circunstâncias e fatores envolvidos nesse derramamento” como a dimensão da mancha de óleo original. Assim “como mensurar o volume de óleo derramado, estimar a probabilidade de existência de manchas residuais e ratificar o padrão de dispersão observado”.

De acordo com uma das notas do site, “a Marinha do Brasil, a Polícia Federal e demais colaboradores permanecerão conduzindo a investigação até que todas as questões envolvidas sejam elucidadas”.

Prejuízo para o Brasil
12 milhões

de reais foi custo aproximado dos gastos que a Petrobras teve na operação de combate ao petróleo cru no litoral do Nordeste e trechos da costa do Sudeste

1200

pessoas das forças armadas foram treinadas pela Petrobras entre setembro e dezembro de 2019

600 km

de praias foram limpas pela Petrobras, além de 4000 mil metros de estuários

1700 km

do litoral nordestino e parte do Espírito Santo foram monitorados por embarcações e por duas aeronaves

13000

kits de limpeza de praia e 80 mil equipamentos de proteção individual foram utilizados

Fonte: O Povo

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