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O Ceará entra nas vésperas do segundo turno de Série B imerso no perigo iminente de rebaixamento

A crise transbordou. Os 2 a 0 sofridos diante do América-MG no Castelão foram o estopim de uma campanha que coloca o Ceará muito próximo do inédito rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro.

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A crise transbordou. Os 2 a 0 sofridos diante do América-MG no Castelão foram o estopim de uma campanha que coloca o Ceará muito próximo do inédito rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro.

A um jogo do término do primeiro turno, a falta de boas perspectivas impera em Porangabuçu. Ontem, dia seguinte à 11ª derrota nesta Segundona, o clube foi alvo de protestos da torcida, demitiu funcionários e ligou o alerta: escapar da degola será muito difícil. 

Após a 18ª rodada, torcedores do Vovô foram além do revezamento de aplausos e vaias. “Diretoria vagabunda” e “Se cair vão morrer” foram pichados nos muros da sede do clube. Na terça, 11, houve tentativa de invasão à área destinada ao time no Castelão, o que exigiu intervenção policial.

O quadro do Ceará se agrava a cada jogo. É o time que mais perdeu na Série B (11) e o que menos venceu (2). Somou 11 pontos dos 54 possíveis em 18 jogos. Isolado na lanterna, necessita hoje de 10 pontos e combinação de resultados para deixar a 20ª posição. Matemática até possível nos 20 jogos restantes, mas desanimadora pelo nível baixo de atuações e elenco em constante mutação.

DESDOBRAMENTOS

A diretoria executiva sente este baque. E mostrou que a situação pode derrubar membros do clube para além de elenco e comissão técnica. Ontem, o gerente de futebol Diego Cerri deixou o Ceará após quase três anos de trabalho. Juntamente com o diretor de futebol e vice-presidente Robinson de Castro, Cerri articulou as contratações de jogadores para a temporada atual. Com as chegadas do lateral esquerdo Ernandes e do zagueiro Thiago Carvalho, apresentados ontem à tarde, o Vovô chegou a 21 contratações só na Série B. 

Com duas derrotas em dois jogos no comando da equipe, o técnico Marcelo Cabo enfrenta complicações em conciliar a montagem de um time competitivo e a necessidade de ter resultados imediatos. A equipe de auxiliares técnicos já sofre, inclusive, com demissões. O preparador de goleiros Marcos Gomes também saiu.

No primeiro semestre, o Ceará foi campeão da Copa do Nordeste. Porém, desde a conquista do título, tem sofrido com o insucesso do Departamento de Futebol na montagem de um elenco, que já contou com quatro técnicos no comando em 2015, e ainda recebe reforços às vésperas do returno. E enquanto digere toda a situação crítica, o time já se prepara para enfrentar o Macaé no sábado, às 21 horas, no Moacyrzão. A calculadora da Série B mais subtrai do que soma nas chances de o Ceará escapar do descenso.

 

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