Ceará
Mais de 60 pessoas podem ser beneficiadas pelo mesmo doador de órgãos no Ceará

No atual cenário de tecnologia e legislação vigente no Brasil, mais de 60 pessoas podem ser beneficiadas por um só doador, inclusve no Ceará, um dos estados que mais registra transplantes de órgãos e tecidos. No período entre 2015 e 2018, das 845 pessoas que doaram órgãos no Estado, 603 realizaram procedimentos múltiplos, quando um doador consegue beneficiar mais de uma pessoa. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
No Ceará, a média de doações múltiplas é superior a 150 por ano. Em 2019, entre janeiro e setembro, 116 pessoas entraram para as estatísticas como doadoras múltiplas, apenas cinco a menos do que no mesmo período de 2018, que registrou 121 casos deste tipo no Ceará.
A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, explica que a quantidade de beneficiados com uma só ação ocorre por conta da variedade de itens que podem ser doados. “Órgãos para doar são dois rins, dois pulmões, um fígado, o pâncreas, o coração e o intestino. Mas quando entram tecidos, como válvulas cardíacas, pele, ossos e córneas, pode beneficiar um leque bem maior de receptores. De múltiplos órgãos e tecidos, uma pessoa pode beneficiar mais de 60 pessoas”, afirma Eliana.
O número de beneficiados poderia ser ainda maior, mas falta estruturação do sistema de transplantes no Ceará. É o que explica a coordenadora da Central, e acrescenta: “para retirada de alguns tecidos, precisamos de um banco de multitecidos. No Ceará, temos de córnea e de cordão umbilical – este queremos transformar em um de multitecidos, mas ainda é um projeto incipiente, está em discussão”. A gestora ressalta ainda que a medida possibilitaria a captação de pele e ossos por parte das unidades de saúde do Ceará.
O critério utilizado para possibilitar a doação de órgãos no Brasil é restrita em relação a outros países, impedindo que um maior número de pessoas seja beneficiado. “A retirada de órgãos aqui só pode ser realizada quando há o diagnóstico de morte encefálica. Em alguns países desenvolvidos, como Espanha e Estados Unidos, eles tiram órgãos de doadores em parada cardíaca. Aqui no Brasil, se o coração para e tudo é mantido artificialmente, mas não há morte encefálica, perdemos os órgãos”.
Gugu Liberato
O apresentador Gugu Liberato, de 60 anos, morreu após sofrer acidente domético em casa, nos Estados Unidos. Após o falecimento, confirmado na última sexta-feira (22), foi feita uma cirurgia que durou cerca de seis horas, para retirada dos órgãos que seriam encaminhadas à doação. Segundo a família de Gugu, 50 pessoas poderão ser beneficiadas com os órgãos e os tecidos.
Doe de Coração
Com intuito de promover uma maior quantidade de doações de órgãos, a Fundação Edson Queiroz promove o Movimento “Doe de Coração”, desde o ano de 2003. Durante o mês de setembro de 2019, o projeto contou com “selfie points” em locais de Fortaleza, para incentivar a gravação de vídeos por parte da população. Além disso, debates, palestras e caminhados fizeram parte da campanha.
Fonte: Diário do Nordeste
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