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Cearense nota 10 na OAB teve aula na rede pública e desconto em mensalidade: ‘deu até calo no dedo’

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Conquistar nota 10 em um dos exames mais concorridos do país é um feito para poucos. Mas o cearense Marcos Vinícius Melo da Cunha, de 22 anos, foi aprovado com nota máxima no 35º Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), avaliação que permite o exercício profissional na área. O resultado saiu na última segunda-feira (3).

Ex-aluno da rede pública estadual e estudante de Direito em uma faculdade privada de Fortaleza (pela qual atualmente escreve o trabalho de conclusão de curso), Marcos prestou o Exame pela primeira vez nesta edição. O êxito foi ainda maior porque ele passou junto com a irmã do meio, Anna Beatriz. A mais velha, Samara, também atua na área.

Neste 8 de outubro, Dia do Nordestino, Marcos é exemplo dos bons resultados de uma região referência em práticas de alfabetização, inovações educacionais e projetos de impacto que transbordam da sala de aula.

Ex-aluno da rede pública estadual e estudante de Direito em uma faculdade privada de Fortaleza (pela qual atualmente escreve o trabalho de conclusão de curso), Marcos prestou o Exame pela primeira vez nesta edição. O êxito foi ainda maior porque ele passou junto com a irmã do meio, Anna Beatriz. A mais velha, Samara, também atua na área.

Neste 8 de outubro, Dia do Nordestino, Marcos é exemplo dos bons resultados de uma região referência em práticas de alfabetização, inovações educacionais e projetos de impacto que transbordam da sala de aula.

Até completar 17 anos, Marcos atendia clientes e carregava mercadorias. “Abdiquei de brincadeiras na infância e adolescência porque precisava ajudar. Nosso comércio era nossa única fonte de renda. Isso me fez entender o valor do dinheiro e do trabalho”, comenta.

Com a crise econômica até 2017, seu Raimundo fechou o mercadinho e voltou a rodar Fortaleza no táxi. No mesmo período, Marcos cursou o 3º ano do Ensino Médio na Escola Adauto Bezerra, no bairro de Fátima. Um ano depois, em 2018, entrou numa faculdade particular de Direito por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A decisão pelo curso seguiu um desejo do pai e também do próprio instinto. “Sempre brilhei os olhos, principalmente depois que minha irmã entrou”, conta.

 

Já no início do curso, o rapaz começou a procurar estágios na área. Até de madrugada entrou na fila de uma agência agregadora de vagas. Deu certo: ainda no segundo semestre, conseguiu sua primeira oportunidade num escritório de Direito do Trabalho, área na qual trabalha atualmente e pretende seguir carreira.

ROTINA COMPLICADA

Ali se iniciava uma rotina “muito difícil” que duraria oito meses. Para chegar ao trabalho no Centro, às 8h, precisava pegar um ônibus às 7h. Almoçava no escritório e saía às 13h, direto para a faculdade, onde estudava à tarde. À noite, tinha aulas de 19h às 22h40. Se o pai conseguisse buscá-lo, chegava cedo; se não, pisava em casa só às 23h30.

Fonte: Diário do Nordeste
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