Iguatu
AIJE Contra José Ilo por Compra de Votos em Iguatu Expõe Material de Campanha, Anotações Suspeitas e Leva à Perícia em Celulares

Atualizada 10/04/2025 às 20:40
Iguatu-CE, 10 de abril de 2025 – Em audiência realizada nesta quarta-feira (09), a Justiça Eleitoral de Iguatu avançou na investigação contra José Ilo Alves Dantas Neto, acusado de compra de votos nas eleições municipais de 2024. Depoimentos colhidos revelaram a apreensão de dinheiro, celulares, pendrives, materiais de campanha e cadernos com anotações suspeitas, o que levou o juiz do caso a solicitar à Polícia Federal um laudo técnico sobre os celulares apreendidos. O relatório deverá ser entregue em até 15 dias.
A audiência integra a fase de instrução da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600989-04.2024.6.06.0013, movida pela coligação “Iguatu Merece Mais” (Federação PSDB/Cidadania e União Brasil), e presidida pelo Juiz Eleitoral Dr. Carlos Eduardo Carvalho Arrais, com atuação do Promotor Eleitoral Dr. Leydomar Nunes Pereira. Apesar da presença das equipes jurídicas, tanto o investigado quanto representantes da coligação autora estiveram ausentes.
Depoimentos Revelam Material de Campanha, Dinheiro e Anotações com Indícios de Benefícios Irregulares
Segundo os relatos, a Polícia Militar atuava preventivamente em áreas com histórico de denúncias, como na localidade denominada Barreiras, quando recebeu informações sobre suposta compra de votos.
A testemunha Rumenig Teixeira, ouvida remotamente, narrou que sua equipe abordou um casal suspeito. Com eles, foram encontrados materiais de campanha, anotações de nomes e valores e contas de água e luz, o que motivou a condução imediata ao Fórum Eleitoral.
Já o policial Francisco Jesualdo, que depôs presencialmente, detalhou a apreensão feita em um veículo supostamente ligado à campanha do Partido dos Trabalhadores. Dentro do carro havia camisas, bandeiras, santinhos, pendrives e cadernos com informações pessoais de eleitores, pedidos de benefícios e dados eleitorais.
Uma mulher, identificando-se como coordenadora de campanha, alegou que os registros representavam “demandas populares” e “pagamentos a colaboradores”. Contudo, o volume e o teor dos dados levantaram suspeitas, e tudo foi encaminhado à Polícia Federal, incluindo os celulares dos envolvidos, que agora passam por perícia.
O que foi apreendido, segundo as testemunhas:
- Cadernos com nomes de eleitores e sessões;
- Anotações de contas de água e luz;
- Pedidos de óculos, exames e compras;
- Dinheiro em espécie;
- Celulares e pendrives;
- Materiais de campanha do PT (camisas, bandeiras, santinhos).
Cenário Complexo
As circunstâncias descritas indicam possível prática de captação ilícita de sufrágio, com oferecimento de vantagens em troca de votos — o que é vedado pela legislação eleitoral. Caso as irregularidades sejam comprovadas, o investigado poderá sofrer cassação de mandato e inelegibilidade por até 8 anos.
A análise técnica da Polícia Federal será crucial. O laudo poderá identificar comunicações, organização logística e conexões entre os dados apreendidos e a campanha investigada — tornando-se possivelmente a peça-chave para a definição do processo.
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