Iguatu
Zoonoses apreende animais doentes na Rua Manoel Alexandre
[caption id="attachment_5171" align="alignleft" width="600"]Foto: J. Guedes[/caption]Na manhã desta segunda-feira, 05/08 uma equipe do Centro de Controle de Zoonose esteve na Rua Manoel Alexandre, mais conhecida como ‘Rua dos Inocentes’, no bairro Prado, em Iguatu, numa operação de apreensão de animais, principalmente ‘cães’, com suspeitas de estarem com Calazar. Uma espécie de ‘Leishmaniose visceral’, doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.


Foto: J. Guedes
Na operação quatro animais foram apreendidos. O trabalho do CCZ, com a presença da reportagem da Rádio MAIS FM provocou movimentação na rua e muitos moradores saíram de casa para ver o que estava acontecendo. Um dos membros da equipe, o senhor Eldomar informou que o CCZ não tem como oferecer diagnóstico sobre o tipo de doença que o animal pode estar acometido. Segundo ele, isto só pode ser feito através do setor de Endemias, da Secretaria de Saúde do município. O funcionário informou que a ‘carrocinha’ foi para a comunidade atendendo a um chamado de um morador para recolher um animal que está doente.
Os moradores daquela área de Iguatu estão assustados porque alí já foi confirmado um caso de Calazar numa criança, no ano passado.Por conta da presença da equipe, moradores denunciaram a presença de outros animais e mais três bichos foram recolhidos.

Foto: J. Guedes
Uma moradora, a senhora Elmira Porfírio Duarte, 77 solicitou da Secretaria Executiva a limpeza de mato por trás da Rua Manoel Alexandre, já nas margens do Rio Jaguaribe. Segundo a moradora, principalmente à noite os moradores são muito incomodados por causa das muriçocas. Ainda na tarde da segunda, a reportagem entrou em contrato com Cristiane Coelho, responsável pelo setor e ela garantiu fazer uma visita ‘in loco’ para tomar as providências.
Saiba mais sobre a doença
Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.
A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.
Sintomas
Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.
Tratamento
Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos.
Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia.
A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.
Recomendações
* Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;
* Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;
* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença.
Confira o vídeo:
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