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Tripulação quase deixa passageiro morrer por não acreditar que mulher negra pudesse ser médica
Quando viu que um passageiro duas fileiras à sua frente havia perdido a consciência e precisava de atendimento imediato, a obstetra e ginecologista americana Tamika Cross fez o que se espera de qualquer médico: imediatamente se prontificou a atende-lo.
O que ela não esperava era esbarrar em uma doença mais difícil de curar do qualquer mal súbito: o preconceito. Tamika é negra, e aparentemente não se encaixa na imagem que se imagina de um médico.
Em um post no Facebook ela contou todo o ocorrido, em um vôo da companhia aérea Delta. Diante de um pedido de socorro da mulher do homem desacordado, Tamika se ofereceu para atende-lo imediatamente. Uma comissária de bordo, no entanto, primeiramente sequer considerou a oferta e, quando enfim compreendeu que se tratava de uma profissional para atende-lo, iniciou um verdadeiro interrogatório, como que para comprovar que se tratava de fato de uma médica.
“Eu levantei minha mão para lhe chamar a atenção. Ela me disse: ‘ah, não, querida, abaixe sua mão, estamos procurando por um médico ou uma enfermeira ou alguém que possa atende-lo, não temos tempo de falar com você. Eu tentei lhe informar que eu sou médica, mas continuei a ser cortada com comentários condescendentes”, conta Tamika em seu post.
Todo tipo de preconceito de fato torna-se responsável, direta ou indiretamente, por maus tratos e mortes em contextos diversos. Esse caso ilustra não só a absoluta ignorância mas também o perigo de se discriminar alguém por qualquer que seja o motivo – as consequências podem ser fatais.
Fonte: Hypeness