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Tráfego aéreo intenso de garimpeiros ilegais na reserva Yanomami

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Garimpeiros não se limitam ao tráfego aéreo no estado de Roraima para acessar o território ianomâmi, mas vêm também pela Venezuela, que faz fronteira com a terra indígena. É o que mostram mapas obtidos pelo Estadão. Além de transportar o minério extraído ilegalmente, os aviões são utilizados no local para levar insumos aos invasores, como combustível, peças e alimentos. Durante os meses de cheias, eles também utilizam os rios como meio de transporte clandestino. As aeronaves utilizadas pelos garimpeiros, como os helicópteros modelos Robinson 44 ou 66, chegam a custar mais de R$ 3 milhões. As ações de emergência em saúde realizadas pelo governo federal não intimidaram as movimentações desses grupos na região, que seguem ocorrendo com cerca de 40 voos diários.

Mais seis ianomâmis morreram, na sexta-feira, por malária e desnutrição na comunidade de Surucucu, em Roraima, uma das áreas mais afetadas pela crise humanitária. Entre as vítimas estão uma mulher, que também tinha duas crianças desnutridas, uma criança de nove anos e quatro homens adultos. Um deles era uma liderança na comunidade local.

Os repórteres Sônia Bridi e Paulo Zero acompanharam a chegada da equipe da Funai à terra ianomâmi e trouxeram imagens de impacto para o Fantástico.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que foram desmatados 232 hectares de floresta amazônica na terra ianomâmi em 2022, um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior. Até 2018, não eram registrados desmate por garimpo ilegal no território, mas desde 2019 o sistema do Inpe tem apontado essa atividade em todos os anos.

Criticado por lideranças indígenas, ONGs, ex-servidores e membros do atual governo pela situação dos ianomâmis durante sua gestão, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em suas redes sociais uma mensagem no sábado, dizendo que “nunca um governo dispensou tanta atenção e meios aos indígenas” como o dele.

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