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Teoria sobre atmosfera de Júpiter esteve errada por 25 anos

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Planeta gasoso possui muito mais água em sua atmosfera do que o imaginado durante quase três décadas

Júpiter se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando sua gravidade juntou gás e poeira espacial. O planeta é constituído pelo material restante da criação do Sol e, por conta disso, pode esconder segredos sobre os primeiros anos do Sistema Solar. Agora, novos dados da missão Juno, da Nasa, corrigiram uma informação importante sobre a composição da atmosfera do gigante gasoso: a quantidade de água presente.

Por cerca de 25 anos, os astrônomos acreditavam que a substância no ar daquele planeta era muito escassa, mais até que na atmosfera do Sol. Porém, novas medições feitas por um radiômetro de micro-ondas mostraram que essa suposição estava errada, já que Júpiter possui três vezes mais água em sua atmosfera que o astro. “Os resultados da Juno estimam que a água compõe cerca e 0,25% das moléculas na atmosfera de Júpiter”, afirmou a agência em comunicado.

O dado ainda esclarece um enigma sobre a origem do planeta. As medições anteriores, que sugeriam falta de água na atmosfera, contrariam as teorias de como Júpiter se formou. Hidrogênio e hélio são os elementos mais comuns no gigante gasoso, seguido por oxigênio. Os cientistas acreditam que esse elemento se formou pela evaporação do disco protoplanetário, um disco rotativo de gás e poeira que envolve uma estrela recém-formada. Por conta disso, o planeta deve ter água em sua atmosfera, nem que seja em pequenas quantidades.

Esse não foi o único problema encontrado com a crença antiga de escassez de água. Ainda em 1979, a sonda Voyager detectou um raio no planeta. Para que isso acontecesse, era necessário uma quantidade abundante de água na atmosfera. Além disso, as fortes tempestades que acontecem no planeta, como a famosa mancha vermelha, dependem da existência da substância.

Essa não é a primeira descoberta da Juno a respeito de Júpiter. A missão também já revelou as primeiras imagens do polo norte da sua lua Ganimedes e particularidades de suas tempestades. Até o fim da missão, novas informações sobre Júpiter devem vir à tona.

Fonte: Olhar Digital

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