Saúde

SONO: Pessoas que trocam o dia pela noite tendem a desenvolver depressão, aponta estudo

O professor, João Luiz é um dos cinco por cento dos brasileiros que trocam o dia pela noite. Ele já está acostumado em dormir no turno contrário ao da maioria dos brasileiros e a fazer leituras, assistir filmes e encontrar amigos enquanto muitos dormem. Para João, ele rende melhor nesse horário.  

Published

on

O professor, João Luiz é um dos cinco por cento dos brasileiros que trocam o dia pela noite. Ele já está acostumado em dormir no turno contrário ao da maioria dos brasileiros e a fazer leituras, assistir filmes e encontrar amigos enquanto muitos dormem. Para João, ele rende melhor nesse horário.  

“Tenho uma meta diária de leitura que oscila entre 40, 50 páginas até 70. Às vezes, vejo um ou dois filmes. É claro que qualquer pessoa que lida comigo percebe que a partir das 16 horas até às quatro, cinco da manhã, eu sou o João Luiz que elas conhecem de verdade, eu sou o João Luiz que fica mais criativo, mais bem-humorado.”

Pessoas assim, como o professor João Luiz, podem ter mais chances de terem depressão, segundo uma pesquisa do Instituto de Neurociência e Medicina, na Alemanha. De acordo com o estudo, muitos notívagos, como são chamadas essas pessoas, são forçados a viver no mesmo ciclo de quem dorme à noite. Eles precisam levantar cedo para ir à escola ou ao trabalho e só conseguem dormir tarde da noite, ficando sempre em débito com o sono. Esse estado de cansaço constante faz com que eles consumam mais cafeína, nicotina, álcool e outros estimulantes, substâncias associadas à depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem desta doença. De acordo com o neurologista integrante da Academia Nacional de Medicina, José Manoel Jansen, além da depressão, trocar o dia pela noite pode desenvolver outras doenças.

“Há pessoas que querem dormir de noite, que só rendem de noite, que só trabalham de noite. O organismo não sofre essas mudanças de uma forma em bem, ele paga um preço. Então essas pessoas têm mais nervosismo, essas pessoas têm mais hipertensão arterial, tem mais diabetes”.

Segundo o neurologista, trocar o dia pela noite pode ter causas genéticas, ambientais, condições de trabalho, condições de adequações e de um transtorno químico de nossas fases do sono.

EM ALTA

Sair da versão mobile