Política

Sessão na AL-CE tem bate-boca entre deputados e acusação de machismo contra parlamentar

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Deputados estaduais cearenses protagonizaram um bate-boca na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) durante sessão nesta quinta-feira (16), após o deputado Delegado Cavalcante (PTB) chamar o partido PDT de “quadrilha”. Ele também foi acusado de machismo pela deputada Érika Amorim (PSD), que presidia a sessão no momento e foi interrompida pelos gritos do deputado.

Ao discursar, Delegado Cavalcante, que é ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o grupo político liderado por Ciro e Cid Gomes (PDT) no Ceará formavam uma “organização criminosa”, o que deu início a uma indisposição junto aos parlamentares.

Ao fim do pronunciamento, os deputados Osmar Baquit e Marcos Sobreia, ambos do PDT e próximos dos irmãos Ferreira Gomes, pediram direito de resposta, apresentando o Regimento Interno da Casa.

Presidindo os trabalhos, a deputada Érika Amorim concedeu a fala a Osmar Baquit, o que resultou em manifestação do Delegado Cavalcante. Enquanto a presidente da sessão tentava dar prosseguimento a sessão, ambos os deputados discutiam no plenário.

Deputados estaduais cearenses protagonizaram um bate-boca na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) durante sessão nesta quinta-feira (16), após o deputado Delegado Cavalcante (PTB) chamar o partido PDT de “quadrilha”. Ele também foi acusado de machismo pela deputada Érika Amorim (PSD), que presidia a sessão no momento e foi interrompida pelos gritos do deputado.

Ao discursar, Delegado Cavalcante, que é ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o grupo político liderado por Ciro e Cid Gomes (PDT) no Ceará formavam uma “organização criminosa”, o que deu início a uma indisposição junto aos parlamentares.

Ao fim do pronunciamento, os deputados Osmar Baquit e Marcos Sobreia, ambos do PDT e próximos dos irmãos Ferreira Gomes, pediram direito de resposta, apresentando o Regimento Interno da Casa.

Presidindo os trabalhos, a deputada Érika Amorim concedeu a fala a Osmar Baquit, o que resultou em manifestação do Delegado Cavalcante. Enquanto a presidente da sessão tentava dar prosseguimento a sessão, ambos os deputados discutiam no plenário.

Fora dos microfones, o parlamentar argumentou que não havia ofendido os colegas deputados. “Querem me massacrar”, disse.

Alterando a voz, Cavalcante continuou a falar enquanto a presidência da Casa era assumida pelo presidente Evandro Leitão (PDT).

“A população cearense espera de todos nós sobriedade e respeito às diferenças, independente de posicionamentos políticos e ideológicos […], vamos respeitar a deputada Érika que estava presidindo”, ressaltou Leitão.

“Nós temos que ter vergonha disso, a população não espera isso da gente, a população está cansada de tanto bate-boca […] não estão querendo escutar baixaria”, reforçou o presidente.  A sessão foi encerrada minutos depois do desentendimento, por falta de quórum.

Acusação de machismo

Ao retomar a palavra, Érika Amorim disse que o episódio no qual foi interrompida não foi o primeiro e ressaltou a atitude machista de Delegado Cavalcante no episódio.

“Como mulher, terceira secretária da Mesa, não é a primeira vez que estive presidindo essa Casa e me senti desrespeitada por homens que, infelizmente, por atitudes, reforçam o machismo e a situação de violência institucional que nós vivemos”, disse a parlamentar.

“A minha voz não ter sido respeitada, acatada; eu quero entender que isso não aconteceu pela minha condição de mulher representar, para vossa excelência, menor do que a do presidente Evandro Leitão”, ressaltou ainda a parlamentar.

Os deputados Marcos Sobreira, Queiroz Filho (PDT), Osmar Baquit e Augusta Brito (PCdoB) saíram em defesa da parlamentar.

Augusta Brito, que é Procuradora da Mulher no Legislativo, repudiou o episódio: “Fico muito triste em presenciar mais de uma vez nesse plenário o que sempre vem sendo feito por uma minoria, de tirar o crédito da deputada que está aqui presidindo, de tirar o mérito da decisão que ela toma enquanto presidente. Vamos parar de tentar amedrontar seja lá qual for o parlamentar, especialmente uma parlamentar mulher. Aqui nós não temos medo de grito”, concluiu.

Após o episódio, nas redes sociais, o líder do Governo na AL-CE defendeu que “a igualdade de gênero é fundamental para a construção da pluralidade necessária para o processo democrático. No parlamento e em todos os lugares, a voz das mulheres deve ser ouvida. Como parlamentar, respeito as minhas colegas e defendo os direitos das mulheres”.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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