Senadores defendem a votação para Reforma Tributária

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Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, quase 54% dos impostos arrecadados são pagos por quem tem renda de até três salários mínimos, o que equivale a quase 80% da população.

O estudo revela que a maior parcela dos recursos que entra nos cofres públicos vem do consumo. Ao analisar os dados, o senador Cícero Lucena, do PSDB da Paraíba, defendeu a votação de uma Reforma Tributária que alivie o bolso dos trabalhadores. Ele destacou que os consumidores de baixa renda e os mais ricos pagam o mesmo percentual de impostos quando vão ao supermercado. Ele espera que o Senado vote os projetos que reduzam a tributação da cesta básica e de remédios. 

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, também defende a desoneração de produtos básicos. Mas alertou que essa proposta só vai prosperar se a equipe econômica repuser as perdas de arrecadação. Lindbergh sugeriu a taxação das grandes fortunas e de bens supérfluos, como iates e jatinhos, embora lembre que essas iniciativas estão paradas no Congresso Nacional. 

Quando você começa a desonerar um e outro, o governo diz que está perdendo arrecadação. Você tinha que fazer uma coisa que você diminuísse a tributação em cima de produtos consumidos no dia-a-dia pelo trabalhador e aumentar outros, que são a taxação sobre as grandes fortunas, que pagam muito pouco imposto, e sobre as grandes empresas. Então, a conta tem que ser feita assim, ressaltou Lindbergh.

Segundo o Impostômetro, os brasileiros pagaram de janeiro até agora mais de R$ 1 trilhão em tributos.

Fonte: RADIO SENADO