Brasil
Saúde distribui medicamentos do “kit intubação” com rótulos em mandarim
Cinco entidades médicas enviaram um ofício, ao Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com orientações para a rotulagem de medicamentos importados recebidos como doação, após remédios do “kit intubação” chegarem aos hospitais com rótulos em mandarim, língua falada na China.
A informação foi confirmada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), em comunicado emitido nesta 5ª feira (22 abr.). O ofício é assinado ainda pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP) e a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH).
No documento, elas sugerem que as recomendações feitas “sejam impressas e afixadas nos Serviços de Farmácia Hospitalar e nos locais de preparo dos medicamentos”. “A presente situação de superlotação das Unidades de Terapia Intensiva, e a consequente sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde, predispõe à ocorrência de eventos adversos por erro de medicação. Assim, quaisquer estratégias que contribuam para minimizar potenciais erros de prescrição, dispensação, preparo e administração são muito importantes e devem ser estimuladas”, pontua o ofício.
Entre os medicamentos com rótulo em mandarim citados estão os sedativos Midazolam e Propofol, o anestésico Fentanila e o bloqueador neuromuscular Cisatracúrio. Na semana passada, o Ministério da Saúde recebeu 2,3 milhões de kits para intubação, como doação, vindos da China.
Diante do recebimento dos produtos, as cinco entidades médicas já haviam enviado um ofício à pasta, ao Conass e ao Conasems com “orientações excepcionais sobre o manejo de medicamentos importados”. Nesse primeiro documento, são feitas 12 recomendações, entre elas uma para que fossem “elaboradas e implementadas medidas que priorizem a Segurança do Paciente, especialmente na rotulagem das embalagens primária e secundária de medicamentos importados, originalmente identificados em outro idioma”.
Fonte: SBT Jornalismo