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Quixadá tem mercado pet em alta

[caption id="attachment_11046" align="alignleft" width="600"]As mudanças de temperatura exigem cuidados especiais com a pele e o pelo dos cães. Banhos com produtos especiais são recomendados (Foto:Reprodução)[/caption]Cada vez mais os animais de estimação são tratados como membros da família, com cuidados especiais

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As mudanças de temperatura exigem cuidados especiais com a pele e o pelo dos cães. Banhos com produtos especiais são recomendados (Foto:Reprodução)

Cada vez mais os animais de estimação são tratados como membros da família, com cuidados especiais

Quixadá.As mudanças bruscas de temperatura, em razão das frentes de inverno, não incomodam somente os humanos. Os animais, principalmente domésticos, também sofrem com essas alterações climatológicas. Nessa época surgem as dermatites, doenças de pele, a maioria delas purulentas, com bolhas de pus, incomodando e maltratando os pets. Por esses motivos uma loja de Quixadá, a Agroveterinaria Porteira, resolveu pesquisar e adquirir um produto especial, um xampu de linha top, para eliminar os agentes biológicos nocivos.

Além de acabar com as micoses o xampu auxilia significativamente no bem-estar dos cães. Com a novidade, recém chegada da França, o veterinário Chagas Nunes, pretende também aumentar o faturamento na sua loja. A procura de clientes pelos banhos especiais deve aumentar pelo menos 30% nesta época do ano. A equipe da Agroveterinaria tem capacidade para atender até 40 cães por dia, de todos os tamanhos. A maioria deve tomar até dois banhos por semana, por terem dificuldade em transpirar, principalmente quando a umidade e a temperatura estão mais elevadas, explica.

O preço do xampu especial varia de R$ 35,00 a R$ 60,00. Um frasco é suficiente para seis banhos de animais de pequeno porte. Geralmente é o recomendado para neutralizar as micoses. Mas quem preferir, pode deixar os cuidados por conta da loja pet. O banho higiênico varia de R$ 14,00 a R$ 20,00. Quando é detectado algum problema na pele, o xampu medicamentoso é descrito, mas cabe ao dono fornecer o produto. “Dessa forma ganham o animal e o dono”, acrescenta Chagas Nunes.

Desde o início de 2013, os produtos de higiene e beleza dominam as novidades do mercado pet. Os artigos produzidos pelas empresas são cada vez mais parecidos com os dos humanos. Além dos xampus, cada vez mais especiais, existem também condicionadores e hidratantes. Além da hidratação de pele, através do banho, surgiram várias novidades nas vitrines pet.

De casinhas mais acolchoadas a ossinhos e até biscoitos. “São alternativas para manter os cães dentro de casa ou nos apartamentos quando estiver chovendo”, completa o veterinário.Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), os gastos mensais com cães variam de R$ 133,00 para raças pequenas, até R$ 314,00 para raças grandes. A ração é o produto que demanda maior investimento.

O Brasil deve se manter em quarto lugar no ranking de população pet mundial, com uma estimativa de crescimento de 5% anuais, projeta o presidente da Abinpet, Galvão de França. “Tomando por base a população brasileira, de 199 milhões de habitantes em 2012, segundo o IBGE, podemos dizer que existe praticamente um animal de estimação para cada dois brasileiros. Mas como o crescimento dos pets é constante, e nossa população cresce mais vagarosamente, essa relação pet/ser humano deve se tornar maior”, acrescenta.

Outro destaque desse segmento brasileiro é a sua colocação mundial no mercado pet. Está em segundo lugar, atrás somente dos Estados Unidos. Em 2012, as indústrias brasileiras de Pet Food, Pet Care, Pet Vet e Pet Serv atingiram os R$ 14,2 bilhões em faturamento. O crescimento foi de 16,4% sobre o ano anterior e só não é maior porque o setor sofre alta carga tributária, a qual corresponde a cerca de 50% do preço final. Uma redução de 30% traria crescimento de 12,2% no faturamento total.

Mesmo assim, foi um bom número para as indústrias brasileiras. Refletiu no crescimento das exportações. Tiveram alta de 11,7% sobre 2011, com uma receita de US$ 184,329 milhões.

As importações de Pet Food diminuíram em um momento de aquecimento da produção no mercado interno. Em 2012, foram importados US$ 2,742 milhões, frente aos US$ 6,792 milhões de 2011, conforme levantamentos da Abinpet.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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