Noticias

Primeiro gay assumido do Catar abandona país e cria grupo para denunciar abusos

Published

on

Antes e durante a Copa do Mundo no Catar, um dos assuntos mais comentados e de maior repercussão é a receptividade e o tratamento dispensado à população LGBTQIA+. Nos meses anteriores ao Mundial, muitas eram as perguntas sobre como os torcedores gays iriam ser recebidos em um país conhecido internacionalmente por uma política totalmente anti-LGBT.

Foi neste cenário que, há 35 anos, nasceu o médico Nasser Mohamed, que se tornaria o primeiro catari a se assumir gay publicamente. Desde 2015, após concluir a faculdade de medicina, Dr. Nas aproveitou a oportunidade de fazer residência (pós-graduação para médicos obterem título de especialista em determinada área) em São Francisco, nos Estados Unidos, para buscar asilo e, desde então, tem buscado formas de dar voz à população LGBT que existe e vive no Catar.

Para isso, criou uma organização sem fins lucrativos, a Alwan Foundation, e o grupo de torcedores de futebol LGBTQIA+ do Catar, o ‘Proud Maroons’ (The Maroon é como é chamada a seleção catari). “A ideia do Proud Maroons é mostrar um grupo de torcedores gays que não podem ter cidadãos do nosso próprio país, porque, se eles se juntarem a nós, eles vão para a cadeia’, disse Nasser.

Ser homossexual no país onde está acontecendo o maior evento futebolístico do mundo é crime, com pena que pode variar de 3 a 5 anos de prisão a até pena de morte, de acordo com o artigo 296 do código penal.

Em entrevista exclusiva ao correspondente do O POVO na Copa do Mundo, Victor Pereira, o médico, que nasceu em uma zona rural do interior do país árabe, falou sobre a decisão de deixar o país e a família para trás para poder viver como verdadeiramente é.

Fonte: OPovo

EM ALTA

Sair da versão mobile