Política

Políticos, ministros e especialistas criticam Bolsonaro por live que não trouxe provas sobre fraude eleitoral

Published

on

A transmissão ao vivo feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira, 29, em que ele disse que apresentaria provas sobre suposta “fraude” nas eleições, mas não trouxe nada de concreto além de fake news, gerou críticas de políticos da oposição e, nos bastidores, de autoridades eleitorais do País. Durante a live, Bolsonaro admitiu não ter provas de fraudes no sistema de urnas eletrônicas do Brasil e falou em “indícios” sem apontar nada concreto.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), destacou trecho da transmissão na qual Bolsonaro diz não ter provas de fraude. Parte também destacada pelo líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ). “Por essas e outras (Bolsonaro) é o presidente eleito com menos credibilidade da história do Brasil”, escreveu o parlamentar cearense.

O ex-ministro e provável adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022, Ciro Gomes (PDT), apontou que o atual governo estabeleceu a mentira como uma de suas práticas. “Além de não apresentar uma única prova da vulnerabilidade das urnas eletrônicas, o mentiroso mor da república soterrou qualquer possibilidade de uma modernização do sistema”, escreveu Ciro, que já neste ano defendeu o voto impresso auditável.

Correligionário de Gomes, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) disse que “após o show de horrores de ontem não há dúvidas de que o presidente está desequilibrado e desesperado”. O parlamentar reforçou que Bolsonaro está atrás em pesquisas eleitorais e apontou para levantamento que mostra a elevada rejeição a Bolsonaro.

A transmissão ao vivo feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira, 29, em que ele disse que apresentaria provas sobre suposta “fraude” nas eleições, mas não trouxe nada de concreto além de fake news, gerou críticas de políticos da oposição e, nos bastidores, de autoridades eleitorais do País. Durante a live, Bolsonaro admitiu não ter provas de fraudes no sistema de urnas eletrônicas do Brasil e falou em “indícios” sem apontar nada concreto.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), destacou trecho da transmissão na qual Bolsonaro diz não ter provas de fraude. Parte também destacada pelo líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ). “Por essas e outras (Bolsonaro) é o presidente eleito com menos credibilidade da história do Brasil”, escreveu o parlamentar cearense.

O ex-ministro e provável adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022, Ciro Gomes (PDT), apontou que o atual governo estabeleceu a mentira como uma de suas práticas. “Além de não apresentar uma única prova da vulnerabilidade das urnas eletrônicas, o mentiroso mor da república soterrou qualquer possibilidade de uma modernização do sistema”, escreveu Ciro, que já neste ano defendeu o voto impresso auditável.

Correligionário de Gomes, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) disse que “após o show de horrores de ontem não há dúvidas de que o presidente está desequilibrado e desesperado”. O parlamentar reforçou que Bolsonaro está atrás em pesquisas eleitorais e apontou para levantamento que mostra a elevada rejeição a Bolsonaro.

O presidente e seus apoiadores aproveitaram para subir as críticas contra o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. “É justo quem tirou o Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta do TSE?”, questionou Bolsonaro.

Apoiador do presidente, o deputado federal Dr. Jaziel (PL-CE) fez postagem de trecho nas redes sociais onde endossa fala de Bolsonaro contra Barroso. “Um juiz imparcial que se articula com partidos de oposição para tentar barrar a vontade popular”, escreveu.

Nos bastidores, parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE classificaram a live de Bolsonaro como “patética” e que o presidente aparenta estar desesperado devido a perda de popularidade na esteira das suspeitas de irregularidades e corrupção na compra de vacinas por parte do governo federal. A informação é da Folha.

Paula Vieira, cientista política vinculada ao Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC) analisa que Bolsonaro quer reforçar o discurso de fraude para “fomentar a dúvida”. “Tendo ou não tendo prova, é isso que ele quer. Uma dúvida contra o sistema e contra o processo eleitoral”.

O pensamento é compartilhado pelo advogado criminalista Augusto Botelho, que diz que as “mentiras” contadas pelo presidente “colaram” para os apoiadores do seu governo. “A mentira de que houve fraude nas eleições colou. A mentira de que as urnas são inseguras também. Tudo tem um propósito: pavimentar uma ruptura institucional diante da provável derrota nas eleições”, pontuou.

Na live, Bolsonaro limitou-se a reforçar acusações, sem provas, que faz desde que foi eleito em 2018 e voltou a divulgar relatos de eleitores já desmentidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como o número de países que utilizam urnas eletrônicas e detalhes do processo de apuração apuração.

“Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios”, disse, durante live nas redes sociais. “É uma certeza? Não é uma certeza. Mas é um indício fortíssimo”, disse Bolsonaro sem apresentar qualquer comprovação das acusações.

Nas redes sociais, a Justiça Eleitoral divulgou vídeos que desmentem afirmações do presidente.

Fonte: O Povo

PODCAST DIÁLOGO MAIS – ELEIÇÕES 2022 – O nosso sistema eleitoral é seguro? O que é fato ou boato?

EM ALTA

Sair da versão mobile