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País por país: o mapa que mostra os trágicos números dos feminicídios na America Latina
“Todos os dias, 12 mulheres latino-americanas e caribenhas morrem apenas pelo fato de serem mulheres”. A aterradora estatística foi divulgada no mês passado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
De acordo com o Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe (OIG), das Nações Unidas, 2.089 mulheres foram vítimas de feminicídio – a morte intencional de uma pessoa do sexo feminino por ser mulher.
Os números poderiam ser ainda maiores se a entidade tivesse levado em conta dados do Brasil, mas os números oficiais mais recentes do país, compilados no estudo “Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil”, datam de 2013, ano em que o número absoluto de homicídios femininos no Brasil foi de 4.762, o que corresponderia a 13 mulheres por dia.
No levantamento da OIG, Honduras foi o país com o maior número de feminicídios naquele ano – 531, o que representa 13,3 casos para cada 100 mil mulheres.
De acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde, o Brasil, que tem uma população 25 vezes maior que a de Honduras (8,1 milhões de habitantes), registra uma taxa de 4,8 homicídios de mulheres por 100 mil mulheres, o que lhe deixaria em quarto lugar entre países da região.
“Na maioria dos países não é possível ter dados de qualidade para separar casos em que o agressor tirou a vida de uma mulher por motivos de gênero”, diz um estudo sobre violência contra a mulher publicado recentemente pela Secretaria de Governo do México.
Segundo o Mapa da Violência 2015, o Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídios do mundo. Os autores usaram como base dados de 2013, que colocam apenas El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia à frente do Brasil.
E um estudo do Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais, em Genebra (Suíça), indica que mais da metade dos 25 países com maiores taxas de homicídios de mulheres estão na América Latina e no Caribe.
Fonte: BBC