Brasil
Mulheres ocupam 23% dos altos cargos no Brasil

Desde então, a mulher vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho na busca pela valorização de seu esforço.
O Brasil tem 51% de sua população feminina, destas, 40.678.651 são economicamente ativas, segundo o IBGE (2010). De acordo com a presidente Dilma Rousseff, desde 2011, 2,3 milhões de mulheres conseguiram emprego com carteira assinada. “Isso significa que pouco mais da metade dos 4,5 milhões de postos de trabalho criados neste período foram ocupados por mulheres”, afirmou em sua coluna semanal “Conversa com a Presidenta” no Portal do Planalto (04.02).
Para se ter ideia deste crescimento, a International Business Report 2013, divulgou que 23% dos cargos de presidentes, vice-presidentes e diretores são ocupados por mulheres no Brasil. “Em mercados como o Brasil, Filipinas, Tailândia e Vietnã líderes que chamamos de modernistas em evidência – os cargos de coaching que usam mais a criatividade e a intuição, são muito mais propensos a serem ocupados por mulheres – ou rodeado de mulheres em cargos de chefia” afirma Francesca Lagerberg, líder global da Grant Thornton realizadora da pesquisa.
No Ceará setores da construção civil e educação que até pouco tempo, só tinham figuras masculinas à frente de seus cargos de chefia, possuem hoje mulheres de destaque. Uma delas é a empresária Maria das Graças Dias de Sousa que está à frente da presidência da Dias de Sousa Construções e trabalha há mais de 30 no setor. “Negócio só é bom, quando é bom para as duas partes. O diferencial que temos na Dias de Sousa é trabalhar com muito amor e dedicação”, afirma. A empresária, agindo de forma inovadora, deixa sempre uma verba reservada para incentivar a qualificação profissional de seus funcionários, através de faculdade, especialização e MBA, segundo ela “a minha obrigação é cuidar deles, e a obrigação deles é cuidar da empresa”.
As mulheres atuam e conquistam destaque em diferentes cargos que antes eram ocupados essencialmente por homens. Cledna Assunção trabalha como servente de obras há dois anos nos canteiros do Grupo Marquise e há pouco mais de um ano exerce cargo de liderança, coordenando duas equipes na central de argamassa e no rejunte. Por ter se destacado em sua função, Cledna está sendo promovida ao cargo de encarregada. Cledna conta que nunca enfrentou preconceitos por ser uma líder em um ambiente predominantemente masculino, ao contrário, acha mais fácil liderar os homens do que as mulheres. Sobre a presença das mulheres nos canteiros, ela afirma: “Sinto muito orgulho de ver as mulheres se esforçando e sempre buscando o seu melhor. Procuro incentivar pessoas ao meu redor a se destacarem também”.
Mostrando o diferencial que a mulher pode exercer em altos cargos, a dra. Ana Flávia Chaves é Reitora do Centro Universitário Estácio FIC desde 2008, ela acredita que as habilidades de homens e mulheres se complementam, “Um time vencedor, de sucesso deve ser composto por ambos os sexos”, completa. Segundo a Reitora, as mulheres são mais detalhistas, possuem uma maior sensibilidade e estão sempre atentas ao clima das equipes. “Exercemos a liderança sem foco na competição ou destaque de talentos e sim voltadas para extrair de todos os membros da equipe o que eles tem de melhor gerando um efeito de complemento e assim potencializando o trabalho em grupo”, afirma.
Fonte: Ceará Agora