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Mulher brasileira faz descoberta histórica de par de buracos negros supermassivos

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Utilizando o Telescópio Espacial Hubble e o Observatório de Raios-X Chandra, ambos da NASA, cientistas observaram o par de buracos negros supermassivos mais próximos já registrados, separados por cerca de 300 anos-luz. Liderada pela pesquisadora brasileira Anna Trindade Falcão, do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian, a pesquisa foi publicada na segunda-feira (9) no periódico The Astrophysical Journal.

Esses buracos negros estão escondidos em galáxias em colisão, alimentados por gás e poeira, o que os faz emitir uma luz intensa, sendo conhecidos como núcleos galácticos ativos (AGN) – regiões compactas no centro de galáxias com luminosidade muito superior à usual, não gerada por estrelas.

Segundo a NASA, o sistema binário de buracos negros descoberto pela equipe de Anna é o mais próximo identificado no Universo local por meio de observações que combinam luz visível e raios-X. Embora outros pares de buracos negros já tenham sido detectados, a distância entre eles geralmente é muito maior do que a observada em MCG-03-34-64, uma galáxia rica em gás a 800 milhões de anos-luz da Via Láctea.

Além disso, embora radiotelescópios já tenham identificado buracos negros mais próximos, a confirmação em vários comprimentos de onda, como feito com o Hubble e Chandra, é inédita e, portanto, histórica. Esses binários AGN eram provavelmente mais comuns no início do Universo, bilhões de anos atrás, quando colisões entre galáxias eram mais frequentes. Anna e seus colegas tiveram sorte ao identificar a dupla tão próxima.

 

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