Economia

Mercado reduz a expectativa de alta do PIB mais uma vez

O primeiro mês do ano nem chegou ao fim, e os especialistas do mercado financeiro estão com uma posição pessimista em relação ao crescimento do País em 2015, que deverá ficar, mais uma vez, praticamente nulo. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC) está previsto um crescimento de 0,13% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, este ano. O documento foi divulgado, ontem, pelo BC. Na pesquisa anterior, realizada há um mês, a expectativa era de uma taxa de 0,38%, com aposta de uma alta, este ano, de 0,55%.

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O primeiro mês do ano nem chegou ao fim, e os especialistas do mercado financeiro estão com uma posição pessimista em relação ao crescimento do País em 2015, que deverá ficar, mais uma vez, praticamente nulo. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC) está previsto um crescimento de 0,13% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, este ano. O documento foi divulgado, ontem, pelo BC. Na pesquisa anterior, realizada há um mês, a expectativa era de uma taxa de 0,38%, com aposta de uma alta, este ano, de 0,55%.

O documento é um pouco mais otimista com relação à previsão para o ano que vem, apesar de ter passado por uma forte deterioração nos últimos dias. A projeção de crescimento de 1,80%, feita na semana anterior, foi substituída por uma taxa de 1,54%. A produção industrial é importante para as previsões do PIB este ano e em 2016. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de crescimento da ordem de 0,69% para este ano, ante 0,71% prevista na semana passada e de 1,02% de quatro semanas atrás. Para 2016, a expectativa de expansão para a indústria caiu de 2,65% para 2,50%, alcançando o mesmo resultado registrado quatro semanas antes.

INFLAÇÃO

Já no que diz respeito à variação da inflação, o mercado financeiro afirma estar ainda mais distante do que antes a possibilidade de cumprimento da meta de 4,5% este ano. A piora das expectativas para os indicadores de preços pode ser constatada em diferentes variáveis para variados períodos. De acordo com o Focus, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deste ano, subiu de 6,67% para 6,99%. Há um mês, a mediana estava em 6,53%.

Por sua vez, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio mais para frente e encerraria 2016 no centro da meta de 4,5%. Na pesquisa geral, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi a única a trazer um pequeno alívio, com um recuo de 5,70% para 5,60%. 

Depois da alta de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros, a Selic, promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, de acordo com a expectativa majoritária dos analistas, participantes do Relatório Focus, eles, praticamente, não mexeram em suas projeções para essa variável. A pesquisa Focus diz que a taxa básica de juros terminará o ano em 12,50%. Essa previsão de alta total de 0,75 ponto porcentual, em 2015, consta do documento há sete semanas.

Os especialistas em finanças também afirmam que a Selic média de 2015 permaneceu em 12,47% ao ano, pela sexta vez seguida, valor bem próximo da taxa efetiva esperada para o fim deste ano. Para o encerramento de 2016, a mediana das projeções foi mantida em 11,50%. A Selic média do ano que vem voltou para 11,69% – patamar em que estava há um mês –, enquanto na semana passada havia subido para 11,73%.

Já os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros preveem uma elevação bem mais forte do que a pesquisa geral. Para o grupo Top 5 de médio prazo, a Selic encerrará este ano em 13,0%, como já acreditavam esses analistas na semana passada. Para o encerramento de 2016, esse grupo projeta uma taxa de 11,75% no lugar do nível de 12,00% apontado na semana passada. Quatro semanas antes, a mediana das previsões para esse indicador era de 11,75% ao ano.

DÍVIDA

Os economistas mantiveram inalteradas suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões permaneceu em 37,0%, taxa também vista quatro semanas antes. No caso de 2016, as expectativas ficaram congeladas em 37,4%, pois, no boletim divulgado há um mês, a taxa era de 37,75%.

 

 

Fonte: O Estado CE

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