Ceará

Mapeamento inédito do Censo 2022 aponta que o Ceará tem 23,9 mil quilombolas

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O Brasil tem, pela primeira vez, dados oficiais sobre a população quilombola, graças ao Censo Demográfico de 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os resultados nesta quinta-feira (27), o país tem 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas, ou seja, descendentes de comunidades negras que resistiram à escravidão e mantêm laços com seus territórios ancestrais.

O Censo 2022 abrangeu 24 estados e o Distrito Federal, onde foram encontrados quilombolas. Apenas o Acre e Roraima não registraram a presença desse grupo étnico-racial. A Bahia foi o estado com o maior contingente de quilombolas, com quase 400 mil pessoas, seguido pelo Maranhão, Minas Gerais, Pará e Pernambuco. Juntos, esses cinco estados concentram 86% da população quilombola do Brasil.

No Ceará, foram recenseadas 23,9 mil pessoas quilombolas, distribuídas em 67 municípios, incluindo a capital Fortaleza. O estado ocupa a décima posição no ranking nacional de população quilombola. No entanto, isso não significa que todos os quilombolas cearenses vivem em territórios reconhecidos oficialmente como quilombolas.

A Região Nordeste é a que tem a maior proporção de quilombolas em relação à população total, com 68,2%. Em seguida vem a Região Sudeste, com 13,7%, a Região Norte, com 12,5%, a Região Centro-Oeste, com 3,4% e a Região Sul, com 2,2%.

Os dados do Censo 2022 são importantes para conhecer melhor a realidade dos quilombolas no Brasil e para subsidiar políticas públicas voltadas para esse segmento da sociedade brasileira.

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