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Mais oito policiais acusados de envolvimento na Chacina da Messejana vão a júri popular

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A Justiça determinou nesta terça-feira (23) que outros sete policiais acusados de envolvimento na Chacina da Messejana vão a júri popular. De acordo com a Justiça, os policiais eram mantidos presos preventivamente para evitar intimidação das testemunhas durante a fase de depoimento. Com a conclusão dessa etapa, a prisão preventiva foi revogada. Um oitavo policial, cuja etapa de testemunhos também foi concluída, ficará mantido preso porque já responder a outra ação, também por crimes dolosos contra a vida.

A chacina da Messejana resultou na morte de 11 pessoas em Fortaleza na madrugada de 12 de novembro de 2015.

Os acusados serão julgados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima (em relação a 11 vítimas fatais), tentativa de homicídio duplamente qualificado, também por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima (em relação às três vítimas sobreviventes), além de tortura física em relação a outras três vítimas e tortura psicológica em relação a uma.

Em 18 de abril, outros oito policiais que haviam sido presos no mesmo caso receberam liberdade. Eles vão ser julgados por júri popular.

Medidas cautelares
Os réus deverão cumprir as seguintes medidas cautelares, sob pena de terem a prisão novamente decretada: não poderão exercer atividade policial externa, restringindo-se ao trabalho administrativo; não poderão se ausentar de Fortaleza, por prazo superior a oito dias, sem prévia informação à Justiça.

Eles também não poderão manter contato com as vítimas sobreviventes e com as testemunhas do processo, seja pessoalmente, por intermédio de outras pessoas ou por qualquer meio de comunicação.

Falta de indícios contra 10 réus
Ainda conforme o Tribunal de Justiça do Ceará, outros dez réus dos 44 policiais presos, que também haviam sido denunciados por participação na chacina da Messejana, foram impronunciados. Conforme o tribunal, faltam indícios suficientes de autoria ou de participação relativos a esses dez policiais.

Em relação a esses, o Colegiado ressalta que poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver nova prova.

44 policiais presos
A Chacina da Messejana ocorreu na madrugada do dia 12 de novembro de 2015. No total, 11 foram assassinadas e sete ficaram feridas nos bairros Curió, Alagadiço Novo, Messejana e São Miguel.

Após os crimes, 44 policiais militares foram presos suspeitos de participação na chacina. O processo contra eles foi dividido em três para acelerar o andamento do caso, conforme o Fórum Clóvis Beviláqua. A decisão relativa aos outros 36 policiais aguarda as etapas de apresentação da defesa dos acusados.

Fonte: G1/CE

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