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Kahena Kunze e Martine Grael conquistam ouro e bicampeonato olímpico para o Brasil na vela

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Bicampeãs! As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram, mais uma vez, o ouro olímpico. Elas chegaram em terceiro na “medal race” da classe 49er FX, última regata do torneio olímpico, e terminaram em primeiro lugar no geral.

As contas eram simples. Era só chegar à frente das holandesas, espanholas e britânicas. Mas elas não deram sopa ao azar. Com largada espetacular, as atuais campeãs olímpicas (Rio 2016) logo assumiram a ponta da regata na primeira perna.

Nas pernas seguintes, viram as argentinas e norueguesas ficarem à frente, mas não havia problema. Era só administrar. E foi o que elas fizeram.

Mais um ouro olímpico, igualando as conquistas de Robert Scheidt e Torben Grael, também na vela. O esporte, inclusive, é o que mais concedeu medalhas de ouro para o Brasil. Agora, são 8 medalhas de ouro.

CAMPANHA DE RECUPERAÇÃO

A campanha da dupla brasileira nos Jogos de Tóquio foi de superação na raia de Enoshima. Na primeira regata, elas ficaram apenas na 15ª posição, a pior colocação que tiveram no Japão. Mas depois foram melhorando e se acostumando com a imprevisibilidade da baía, que oscila com ventos fortes e fracos e ainda sempre existe a possibilidade de chegada de tufão.

Em desvantagem na disputa, Martine e Kahena se recuperaram e no sábado de madrugada, nas duas últimas disputas antes da medal race, ficaram com um segundo lugar e um décimo lugar e empataram na liderança, já que as holandesas tiveram uma 11ª posição e uma 16ª, que acabou sendo o descarte delas.

No dia marcado para a medal race, na segunda-feira, as condições meteorológicas obrigaram os organizadores a cancelar as regatas do dia. Por causa da falta de ventos, a decisão da classe 49er FX foi adiada em um dia. “É normal isso acontecer. Nos Jogos do Rio isso ocorreu também. A gente depende do vento para velejar”, explicou Torben Grael, chefe da equipe de vela do Brasil.

Esta foi a 19º medalha da vela brasileira na história dos Jogos Olímpicos e a única conquistada pela modalidade até o momento em Tóquio. O esporte é o segundo que mais rendeu medalhas ao País em olimpíadas, atrás somente do judô, com 24.
Família vitoriosa

Também é o nono pódio da família Grael, que tem em Torben, pai de Martine, o principal expoente. Ele disputou seis edições da Olimpíada e ganhou duas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), uma de prata (Los Angeles-1984) e duas de bronze (Seul-1988 e Sydney-2000).

Já Lars Grael, tio da atleta, competiu em quatro Olimpíadas e tem duas medalhas de bronze no currículo (Seul-1988 e Atlanta-1996).

Outro integrante da família é Marco Grael, irmão de Martine e que está competindo em Tóquio na classe 49er, mas acabou na 16ª posição geral e não se classificou para a medal race.

Foi a 12ª medalha do Brasil em Tóquio e a terceira de ouro. Antes, o surfista Italo Ferreira e a ginasta Rebeca Andrade já haviam subido ao lugar mais alto do pódio no Japão.

Fonte: Diário do Nordeste

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