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Jornalistas e polciais são fuzilados em redação

O diretor e mais três cartunistas do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, alvo de um ataque a tiros em sua sede em Paris, morreram no atentado. Ao menos 12 pessoas, sendo dois policiais, foram mortas no ataque.

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O diretor e mais três cartunistas do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, alvo de um ataque a tiros em sua sede em Paris, morreram no atentado. Ao menos 12 pessoas, sendo dois policiais, foram mortas no ataque.

 

De acordo com o jornal francês “Le Figaro”, entre as vítimas estão Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e diretor da publicação, e o também cartunista Jean Cabut, que usa o nome de Cabu. Foram mortos ainda os cartunistas conhecidos como Wolinski e Tignous.

Há relatos de que os atiradores estavam chamando as vítimas pelo nome, o que sugere que o ataque foi planejado com antecedência.

Os terroristas invadiram a redação do jornal e atiraram contra os jornalistas. O jornal já sofreu ataques por publicar caricaturas de líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas sobre Maomé.

De acordo com a polícia francesa, três homens entraram na sede da publicação portando metralhadoras AK-47, fizeram disparos e depois fugiram em um carro dirigido por um quarto elemento do grupo.

Eles foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e sequestraram um outro, expulsando o motorista na rua. Rocco Contento, porta-voz de um sindicato de policiais, afirmou que houve aumento das medidas de segurança à sede do jornal por causa de ameaças recentes e que os homens entraram no locam com a intenção de matar. Segundo um jornalista do “Charlie Hebdo”, citado pelo jornal francês “Le Monde”, os atiradores chegaram ao local na hora da reunião da redação. “Os agressores sabiam que às 10h de quarta-feira havia uma reunião editorial semanal. No resto da semana não há muitas pessoas no local”, afirmou.

Como foi o ataque que matou 12 pessoas em jornal francês

Entenda a ação dos terroristas, segundo relatos da polícia, de testemunhas e de outras autoridades francesas:

– Dois homens chegaram ao prédio do jornal francês “Charlie Hebdo” por volta das 11h30 no horário local (8h30 de Brasília) em um carro Citroen preto.

– Corinne Rey, uma cartunista conhecida como Coco, disse que foi forçada a deixar os homens entrarem na sede.

– Os atiradores mataram uma pessoa na recepção.

– Eles se dirigiram ao andar da redação, onde os profissionais participavam de uma reunião editorial semanal. Existe a crença de que os atiradores sabiam que a reunião estava acontecendo naquele momento. Eles se dirigiram diretamente ao diretor editorial do “Charlie Hebdo”, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, matando primeiro a ele e ao policial que lhe fazia guarda.

– Os atiradores abriram fogo usando fuzis AK-47. Eles bradaram “Allahu akbar” (Deus é o maior, em árabe) e disseram que estavam “vingando o profeta [Maomé] .

– No total, foram mortos dentro do prédio a recepcionista, oito jornalistas, um convidado e o policial que fazia guarda.

– Cinco profissionais da publicação foram identificados até agora: o diretor editorial Stéphane Charbonnier, o economista, escritor e editor-adjunto Bernard Maris e mais três cartunistas (Jean Cabu, Georges Wolinski e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous).

– Os terroristas, então, voltaram para o Citroen, matando mais um policial durante a fuga ele foi atingido na cabeça.

– Durante a fuga, os atiradores abandonaram o carro na região de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, e sequestraram um outro veículo, um Renault Clio cinza, expulsaram o motorista e mantiveram a fuga.

 

Fonte: O Estado Ce

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