Ceará

Hemoce apresenta projeto do 1º Banco de Tecidos Ovarianos do Ceará

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, apresentou na tarde desta quarta-feira (12) os primeiros resultados do projeto do Banco de Tecidos Ovarianos do Ceará.

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O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, apresentou na tarde desta quarta-feira (12) os primeiros resultados do projeto do Banco de Tecidos Ovarianos do Ceará.

 

O evento contou com a ilustre presença do coordenador do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba, o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda, a secretária-executiva da Secretaria da Saúde do Estado, Lilian Beltrão, a coordenadora da Central de Transplantes do Estado, Eliana Barbosa, o superintendente do Hospital Universitário Walter Cantídio, Luciano Moreira, o coordenador do Banco de Cordão Umbilical e Placentário, Fernando Barroso, o responsável pelo programa de transplante de fígado no estado, José Huygens Parente Garcia e o médico oncologista Luiz Porto, presidente do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos – GEEON.

A nova técnica apresentada pelo médico ginecologista Dr. João Marcos de Meneses, responsável pelo projeto, é resultado de uma pesquisa que permite que mulheres com diagnóstico de câncer possam manter sua fertilidade após o tratamento oncológico. Os ovários das pacientes que se submetem a radioterapia ou quimioterapia sofrem agressão química ou física durante o tratamento contra o câncer, podendo causar a infertilidade e até a menopausa precoce, ou seja, impossibilitando ou dificultando futuras gestações. A nova técnica, ainda em fase experimental, consiste na extração de uma parte do ovário, para que, posteriormente, seja reimplantado na paciente. As partes dos ovários coletadas são criopreservadas e armazenadas no Hemoce e podem ficar congeladas por tempo indeterminado, até que as pacientes estejam em condições de realizarem o procedimento de reimplante. Isso se dá após os critérios de cura para o câncer.

De acordo com Dr. João Marcos o novo procedimento é uma grande conquista para o serviço de saúde do estado. O Ceará tem o primeiro banco de sangue público do país a realizar o procedimento. “Todo apoio necessário para implantação do banco de tecido ovariano será dado pelo SNT. O Ceará é o farol do Nordeste, assim como São Paulo é para o Sudeste.” afirmou Dr. Heder Murari. O secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Sr. Inácio Arruda, sugeriu uma parceria com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) para apoiar a pesquisa, desenvolvimento e efetivação do serviço no Ceará.

Para a diretora do Hemoce, Dra. Luciana Carlos, o projeto é uma grande oportunidade de oferecer a população cearense mais um serviço de qualidade gratuito. “O banco de tecidos ovarianos ajudará a reescrever a história de muitas mulheres cearenses. É uma responsabilidade muito grande dizer para uma paciente que ela poderá fazer seu tratamento e depois dar continuidade ao seu sonho de ser mãe.” afirma Dra. Luciana. O Hemoce já possui um banco de armazenamento de células do sangue do cordão umbilical e da placenta. Este serviço está disponível para a população desde 2010.

O projeto de pesquisa contempla somente 20 mulheres, mas com a pactuação do estado e do governo federal esse procedimento poderá ser realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto é fruto da parceria entre o HEMOCE e a Universidade Federal do Ceará, através do GEEON e da  Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

CRITÉRIOS PARA PARTICIPAR DO PROJETO

Para as mulheres que desejam realizar o procedimento, é preciso:

– ter menos de 40 anos

– ainda apresentar ciclos menstruais

– a coleta deve ser feita antes ou nas fases iniciais das sessões de quimioterapia/radioterapia. 

*Assessoria de Comunicação do Hemoce

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