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Governo pretende rever a autonomia do Banco Central

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O governo federal pretende rever a lei que concedeu independência ao Banco Central em 2024, quando termina o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. A informação foi dada pelo presidente Lula em entrevista à CBN Brasil. “Um Banco Central autônomo vai ser melhor? Vai melhorar a economia? Ótimo, mas se não melhorar, nós temos que mudar”, afirmou Lula, que vem fazendo críticas constantes à política de juros do BC. O presidente disse que não cabe a ele “ficar brigando” com Campos Neto, mas argumentou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o melhor interlocutor nessa situação.

As críticas de Lula à política de juros do BC têm encontrando eco junto ao PIB. Na noite de quarta-feira, Haddad participou de um jantar organizado pelo Grupo Esfera com 50 líderes de grandes empresas. O prato principal, conta a Coluna do Broadcast, era a reforma tributária, mas os convidados fartaram o apetite com reclamações da Selic em 13,75% ao ano. “A maior parte de nós paga juros e não recebe juros”, disse o comandante de um grande grupo ligado, entre outros setores, ao varejo.

Aguardada pelo mercado, a reunião de ontem do Conselho Monetário Nacional (CMN) durou menos de meia hora e não tratou das metas de inflação para este ano. Antes, porém, Haddad, Campos Neto e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, almoçaram juntos por duas horas sem a presença de assessores.

E há gente de peso defendendo a atuação de Campos Neto. Em entrevista a Míriam Leitão, o ex-presidente do BC Armínio Fraga disse que rever a metas de inflação equivaleria a “jogar a toalha” (se render). Ele se declarou perplexo com o tom beligerante de Lula, mas afirmou que votaria novamente nele em um confronto com Jair Bolsonaro.

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