Automobilismo

Fittipaldi pilota F-1 da Lotus de 2010 e confessa: ‘É como viver de novo’

[caption id="attachment_5110" align="alignleft" width="600"]Campeão mundial em 1972 e 1974, o brasileiro Emerson Fittipaldi experimenta o cockpit de uma Lotus de 2010, pouco antes de acelerar o modelo na França (Foto: Divulgação Circuito de Paul Ricard)Campeão mundial em 1972 e 1974, o brasileiro Emerson Fittipaldi experimenta o cockpit de uma Lotus de 2010, pouco antes de acelerar o modelo na França (Foto: Divulgação Circuito de Paul Ricard)[/caption]Campeão mundial em 1972 e 1974, brasileiro ouve dicas de pilotos novatos e embarca em um ‘túnel do tempo’ ao acelerar no circuito de Paul Ricard

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Campeão mundial em 1972 e 1974, o brasileiro Emerson Fittipaldi experimenta o cockpit de uma Lotus de 2010, pouco antes de acelerar o modelo na França (Foto: Divulgação Circuito de Paul Ricard)

Campeão mundial em 1972 e 1974, brasileiro ouve dicas de pilotos novatos e embarca em um ‘túnel do tempo’ ao acelerar no circuito de Paul Ricard

Emerson Fittipaldi está de volta ao circuito de Paul Ricard, na França, para viajar no tempo. O bicampeão mundial de Fórmula 1 correu pela última vez nesta pista em 1974, ano de seu segundo título, a bordo de uma McLaren. O primeiro campeonato havia sido conquistado em 1972, com uma Lotus, carro que traz ótimas lembranças ao brasileiro. A equipe, que existiu até 1996, retornou à categoria recentemente. E esta volta proporcionou também um presente ao veterano, que representou as cores do time há quatro décadas: guiar um carro de 2010, bem mais moderno do que os modelos com os quais Fittipaldi faturou suas 14 vitórias na F-1.

Emerson parou de pilotar na F-1 em 1980. Desde então, os carros mudaram muito, até nas coisas mais básicas. Os motores eram bem menos potentes: tinham cerca de 480 cavalos, 300 a menos que os atuais; o cockpit era totalmente diferente; as marchas eram trocadas na alavanca, e não na borboleta atrás do volante, como hoje em dia. E o volante, além de mais pesado, era bem mais simples. Hoje tem mais ou menos 20 botões. Na época do Emerson, o cockpit só tinha um, para falar no rádio.

– São sete marchas, na minha época não tinha, eram cinco. Hoje ele chega ao fim dessa reta em sétima e faz a curva em segunda. Acho que tem uma diferença: o piloto da minha época tinha que sentir o carro e dar muita informação para a equipe, e obviamentente não tinha ajuda do volante, que é muito mais leve. Fisicamente era muito mais pesado do que deve ser hoje – disse um ansioso Emerson, horas antes do teste com o carro de 2010, que foi guiado pelo polonês Robert Kubica naquela temporada.

Emerson diz que ‘daria trabalho’ com máquina do tempo

Atento, o bicampeão ouve as instruções do engenheiro da Lotus, Barry Mortimer. Afinal, todas estas evoluções modificaram completamente a maneira de guiar. No entanto, o brasileiro – que também faturou duas edições das 500 Milhas de Indianápolis correndo contra pilotos mais jovens na Fórmula Indy entre 1985 e 1996 – considera que um bom piloto se adapta a qualquer carro. No caso dos melhroes, a qualquer época.

– Eram qualidades diferentes dos que pilotam hoje em dia. Nao era pior ou melhor. Se pegar o Fernando Alonso, o Vettel e puser numa máquina do tempo para a minha época, eles iam dar trabalho, não ia ser facil. É que nem o Felipe Massa no GP da Inglaterra, aquela largada que ele deu, daquele jeito que ele vinha. Na minha época, ele estarialá junto com a gente. Os melhores do mundo, hoje em dia ou em qualquer época, andariam muito rápido. Se eu tivesse uma máquina do tempo pra comprar o melhores pilotos da Fórmula 1 – sonha o bicampeão, que em seguida confessa que estaria “dando trabalho” se guiasse hoje em dia.

Entre o novato e o veterano, os papéis se invertem quando Emerson, 66 anos, pega dicas com o italiano Davide Valsecchi, campeão de 2012 da GP2 – divisão de acesso da Fórmula 1.

– Eu tenho que aprender tudo de novo hoje. Está tão diferente a F-1 que eu tenho que aprender não só sobre o carro, com uma pressão aerodinâmica muito maior, mas toda a parte eletrônica, tudo que tem no volante. Eu acho que isso é um grande desafio hoje para um piloto.

Fonte: Globo Esporte

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