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Em meio ao avanço das fintechs, Ceará perde 12 agências bancárias em 2022

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Em meio ao avanço das fintechs no Brasil, o fechamento de agências bancárias para enxugamento de estruturas físicas se tornou comum entre as principais instituições.

Dados fornecidos pelo Sindicato dos Bancários extraídos da base do Banco Central indicam o encerramento de 12 agências no Ceará, fora as fusões e transformações de unidades em estruturas menores.

A extinção e transformação dessas estruturas se concentra no interior do Estado. Na avaliação do diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Bosco Mota, o fechamento de filiais nessas regiões prejudica a acessibilidade, sobretudo de quem reside em áreas com cobertura de rede móvel insuficiente.

Ele pontua que o fechamento de agências ocorre na esteira da digitalização e também pega carona na forte onda de violência contra os bancos do interior observada nos últimos anos.
Um movimento visível no Estado é o de transformações de agências em pontos de atendimento, de acordo com ele. “Algumas cidades tem Ponto de Atendimento, mas tem máquina que falta dinheiro. Tem máquinas que recebem depósito, o comerciante deposita e o aposentado saca, mas às vezes falta dinheiro”, explica. “Provoca uma situação desconfortável, porque o usuário vem da Zona Rural, chega lá e não tem o dinheiro. É um transtorno”, lamenta Mota.

“Foram fechadas 361 agências do Banco do Brasil em todo o País e estão sendo abertas novas unidades da Caixa, mas as da Caixa são da seguinte forma: com três funcionários”, diz. “Pelo menos os bancos federais tinham que atender o povo como ele merece”, avalia Mota.

Os encerramentos de agências bancárias são compensados pela abertura de unidades de outras instituições, como cooperativas financeiras, por exemplo. Em 2021, a categoria que engloba essas outras instituições contava com duas agências. Em 2022, são 17.

Fonte: Diário do Nordeste

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