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Em ano de eleição, imigrantes ilegais esperam reformas propostas por Obama

[caption id="attachment_10144" align="alignleft" width="600"](Foto:Reprodução)[/caption]Líderes do partido na casa, porém, têm sinalizado pouca disposição para prosseguir no tema e ameaçam usá-lo como instrumento de pressão sobre a Casa Branca

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Líderes do partido na casa, porém, têm sinalizado pouca disposição para prosseguir no tema e ameaçam usá-lo como instrumento de pressão sobre a Casa Branca

Enquanto cerca de 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos aguardam a chance de regularizar seu status e se livrar do fantasma da deportação, o cenário em Washington coloca em dúvida a aprovação de uma reforma no setor ainda neste ano. A proposta, uma das prioridades do presidente Barack Obama no segundo mandato, foi aprovada pelo Senado, de maioria democrata (governista), e tramita na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição republicana. Líderes do partido na casa, porém, têm sinalizado pouca disposição para prosseguir no tema e ameaçam usá-lo como instrumento de pressão sobre a Casa Branca, em um ano de renovação parcial do Congresso.

Dias depois de desenhar os princípios republicanos para a reforma migratória (leia quadro), o presidente da Câmara, deputado John Boehner — que chegou a advogar pela busca de consenso —, afirmou que “há uma dúvida generalizada” quanto ao governo Obama ser confiável no cumprimento das leis votadas pelos congressistas. “Será difícil avançar em qualquer lei de imigração até que isso mude. O povo americano não confia que essa reforma será implementada como se pretende.” O temor de Boehner diz respeito à ameaça, feita por Obama no discurso sobre o estado da União, de recorrer a ordens executivas para promover reformas sem depender de aval do Legislativo.

Ainda que o presidente seja pressionado para agir em prol dos imigrantes, Stephen Yale-Loehr, professor da Escola de Direito da Universidade Cornell e especialista no tema, observa que os limites da autoridade do Executivo são controversos e implicam custo político. Embora Obama tenha exortado os congressistas a aprovar a reforma neste ano, o estudioso considera a matéria “muito complexa em um ano eleitoral”. Yale-Loehr lembra que muitos deputados republicanos carecem de motivação para promover uma reforma adequada, já que representam distritos com baixa porcentagem de imigrantes no eleitorado. “Se falarem a favor (da reforma), podem ser desafiados por candidatos mais conservadores. É possível que, após as primárias do partido, alguns republicanos se sintam mais à vontade.”

Fonte: Correio Braziliense

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