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Dnocs quer retomar seus Projetos de Irrigação no Ceará

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Empresários que produzem alimentos nos perímetros irrigados de Tabuleiros de Russas e Jaguaribe-Apodi, na região do Baixo Jaguaribe, no Ceará, emprestam grande importância à visita que, pessoalmente, faz hoje à área, a partir das 8 horas, o diretor-geral do Dnocs, Fernando Marcondes de Araújo Leão.

Foi o Dnocs que implantou e é ele administra os dois empreendimentos.

O Jaguaribe-Apodi foi construído no governo Sarney, nos anos 80, quando o cearense Vicente Fialho era ministro da Irrigação. Seria, conforme a ideia original, um dos mais importantes polos da agricultura irrigada do País. Até uma pista de pouso, para aviões do tipo Boeing 737, foi construída.

Mas aí o Dnocs – que até então era um organismo eminentemente técnico, espécie de Universidade do Semiárido, integrado por alguns dos mais brilhantes engenheiros e agrônomos do País – foi invadido pela política, e pelo que a política tem de mais equivocado.

No lugar do planejamento técnico, entrou o “obrismo”: antes que fosse concluída a primeira etapa do projeto e antes que ela entrasse em operação, as obras da segunda já haviam sido iniciadas, pois este era o interesse mútuo dos empreiteiros e dos políticos que tinham direta influência junto à direção do Dnocs.

Consequência: o custo financeiro do Jaguaribe-Apodi foi multiplicado, chegando a tal ponto que, hoje – dezenas de milhões de reais de investimento depois – o sonho do ministro Fialho segue sendo só um sonho, muito distante da realidade imaginada há mais de 30 anos.

Mas, sem embargo de tão tristes notícias, o Tabuleiro de Russas e o Jaguaribe-Apodi produzem na maioria de suas glebas, mesmo com problemas de oferta hídrica (houve há dois anos o rompimento da adutora que leva água da barragem de Pedrinhas, em Limoeiro do Norte, até o ponto mais alto da Chapada do Apodi, consertada por esforço próprio dos irrigantes, que se anteciparam ao socorro oficial).

E produzem com tecnologia graças à iniciativa privada.

Há outros problemas, um dos quais é a invasão de uma área de 2 mil hectares, que há quatro anos se mantém ocupada porque, até agora, não se cumpriu uma ordem judicial federal de reintegração de posse.

Na visita de hoje, o diretor-geral do Dnocs tem a companhia do deputado Domingos Filho, relator do Orçamento Geral da União, que pode – e muito – garantir emendas para que se executem os serviços que faltam nos dois perímetros irrigados.

PECÉM

Pelo Porto do Pecém também passa a farinha de trigo produzida pelos moinhos de M. Dias Branco, J. Macedo e Grande Moinho Cearense.

De janeiro a junho deste 2020, foram embarcadas pelo Pecém, para diversas regiões do País, 90 mil toneladas de farinha de trigo – 33,8% a mais do que no mesmo período de 2019.

LIQUIDEZ

Opinião do economista e consultor Alcântara Macedo:

“O mundo está líquido de dinheiro. Parte do mundo tem taxas de juros negativas. Os grandes investidores aguardam que o Brasil entre em céu de brigadeiro, com plano de viagem definido. O País tem 212 milhões de consumidores, matérias primas, um agronegócio competitivo, uma perfeita geopolítica quando comparado com a América Latina. Conversei sexta-feira, com cinco escritórios internacionais e todos esperam que se consolidem a política econômica liberal e um marco regulatório definido que ofereça segurança jurídica ao investidor”.

EM CRISE

Antes de a pandemia da Covid-19 começar, em março, a Emirates – gigante árabe do transporte aéreo – tinha 60 mil funcionários.

Um mês depois, esse número foi reduzido para 54 mil.

Agora, Tim Clark, presidente da Emirates, está anunciando que serão cortados mais nove mil postos de trabalho.

A causa é a mesma que levou a TAM a pedir, há quatro dias, recuperação judicial nos EUA: a falta de passageiros.

O setor do turismo é o mais castigado pela pandemia do novo coronavírus.

Fonte: Diário do Nordeste

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