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DIREITO E CIDADANIA: A ESCALADA DE FRAUDES DIGITAIS

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Desde o início da pandemia de Covid 19, quando, por conta do necessário isolamento social, cresceu a interação das pessoas em negócios por aplicativos e no ambiente virtual, tem-se registrado significativa escalada de golpes financeiros com a utilização desses meios.

Para dar uma ideia do tamanho do problema, segundo dados de pesquisa do Senado Federal, apenas nos últimos 12 meses, os golpes digitais vitimaram 24% dos brasileiros com mais de 16 anos; ou seja, mais de 40,85 milhões de pessoas perderam dinheiro em função de algum crime cibernético, como a clonagem de cartão, fraudes na internet ou invasão de contas bancárias.

Ainda em dados divulgados por empresa especializada em prevenção de crimes no ambiente do comercio eletrônico (e-commerce) apontam que 62,4% dos brasileiros já sofreram alguma tentativa de golpe virtual, sendo a maioria delas, 41,8%, por meio de sites de compra.

Como o crime não tem limites e há uma grande desenvoltura dos criminosos em criar modalidades de fraudes, a lista dessas formas de atuação é imensa, sendo as mais comuns os golpes do boleto falso ou falso pagamento, golpe do WhatsApp, suporte técnico falso, golpe da vaga de emprego e golpe das páginas falsas.

Para o sucesso nessas práticas criminosas, além do vazamento – criminoso ou não-intencional – de dados armazenados em páginas de serviços on line, os fraudadores contam, em muitos casos, com a confiança da vítima ou com a falta de informações sobre o uso seguro das redes e do ambiente virtual, vez que são as próprias vítimas que, atraídas por meio de “iscas” com informações falsas enviadas por e-mails, SMS, links, perfis e páginas falsas, acabam por entregar seus dados.

Ao menos para essa última modalidade, a dica é ficar atento a ligações e ofertas, sobretudo aquelas muito atrativas e fora do padrão de preço para produtos similares: manter as senhas atualizadas: evitar sair clicando em tudo que recebe, sobretudo em links e páginas desconhecidos; instalar e ativar os dispositivos de segurança de seus aparelhos eletrônicos (celulares e computadores), mas, sobretudo, buscar se informar e procurar consultar pessoas de sua confiança sobre situações suspeitas, denunciando qualquer dessas suspeitas aos órgãos de segurança ou páginas de controle das redes sociais.

Com tais critérios e cuidados básicos, amigos, embora não se consiga extirpar este mal, pode-se, ao menos, evitar que você venha a ser a próxima vítima.

 

Romualdo Lima.

Procurador Federal

Ex-Conselheiro estadual da OAB/CE

Conselheiro vitalício do Conselho da OAB – Subseção Iguatu

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