Dia-a-dia com Maria: Venezuelanos

VENEZUELANOS: QUEM SÃO, QUAIS AS SUAS ORIGENS??????

Apesar de a Venezuela ter sido descoberta por Colombo, foi Alonso de Ojeda quem, em 1499, pela primeira vez explorou o país, navegando ao longo do mar do Caribe até o lago Maracaibo.

O navegador deu o nome de “Venezuela” ao país pela semelhança que encontrou entre as palafitas indígenas e a cidade italiana de Veneza, assim, os venezuelanos são os cidadãos da República Bolivariana da Venezuela, país localizado na parte norte da América do Sul (país de tamanho semelhante à região sudeste do Brasil, 916.445 km² e 924.511,3 km²), tendo como capital a cidade de Caracas.

A história da imigração na verdade acirrou-se no início da década de 2010, no entanto, pouco expressiva se comparada com a imigração de outros povos sul-americanos como os argentinos, bolivianos ou paraguaios.

A crise na Venezuela foi algo que se iniciou por volta de 2013 e, desde então, arrasta-se nesse país sul-americano. Trata-se de uma crise econômica, uma vez que a economia do país está destruída, mas também política, haja vista a disputa pelo poder e o autoritarismo de Maduro levaram a isso.

Atualmente, ainda, a Venezuela encara uma grave crise humanitária, pois parte considerável de sua população sofre com a falta de alimentos, o que a força a ter que se refugiar em países vizinhos. Além desse último caráter crítico, a Venezuela vive sob a ameaça de sofrer uma intervenção militar direta dos Estados Unidos.

Só é possível entender as raízes da crise venezuelana se realizarmos uma breve retrospectiva da história do chavismo no país. A ascensão de Chávez como figura política deu-se durante a década de 1990.

Chávez e os membros desse grupo organizaram um golpe contra a presidência do país, em 1992. Na ocasião, o presidente era Carlos Pérez, e o golpe, que contou com a participação de Chávez, fracassou. Ele, assim como outros participantes, foi preso.

Em 1994, Chávez foi anistiado pelo então presidente Rafael Caldeira e resolveu empreitar a carreira política. Em 1998, Chávez lançou-se como candidato à presidência da Venezuela e, durante sua campanha eleitoral, defendeu a necessidade de promover mais justiça social na Venezuela por meio do principal produto da economia do país, o petróleo.

Durante seu governo, Hugo Chávez realizou um amplo processo de distribuição de renda na Venezuela. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou, o número de pobres no país caiu, e a mortalidade infantil também foi reduzida. Apesar de ter tido sucesso na distribuição de renda, o governo chavista contribuiu para o enfraquecimento da democracia no país, e procurou, por meio de reformas na Constituição, perpetuar-se no poder.

Depois que Chávez faleceu, em 2013, o país passou a ser governado provisoriamente pelo vice, Nicolás Maduro, porém, desde que Maduro assumiu, a situação da economia e da política venezuelanas agravou-se consideravelmente.
Economia

A atual crise na Venezuela é uma crise socioeconômica e política que o país tem sofrido desde o final do governo de Hugo Chávez, adentrando o atual governo de Nicolás Maduro.

VENEZUELANOS BUSCANDO MEIOS DE VIDA CLANDESTINAMENTE EM OUTROS PAÍSES

Nos últimos dois anos, sobretudo, muitos imigrantes venezuelanos de lá partiram tentando a sorte, à deriva, em outras terras. O Brasil foi o país da América Latina para o qual maior se fez a imigração e nessa avalanche de imigrantes que mais parecem com os desafortunados retirantes da seca no Nordeste há década passadas, vemos cidades cheias de mendigos nos semáforos, esmolando com placa no peito, escudando a alma faminta que suplica por “DINERO”.

Esses seres à mercê de todas as mazelas sociais não têm documentação legalizada, possibilidade de colocarem os filhos na escola, de terem um empreendimento regular dada à miséria que os assola, bem como a carência de proteção jurídica haja vista a vida em plena ilegalidade. Não são cidadãos e está bem longe de adquirirem esse status. Não têm teto, emprego, rumo certo e talvez nem mesmo saibam o que estão a buscar nessa altura dos acontecimentos.

Ontem, caro leitor, vi um senhor de meia idade desfilando na avenida com um papelão no pescoço e uma embalagem de sorvete pedindo esmola no meio dos carros. Seria José, Ruan, Garcez…? Quais são seus anseios como ser vivo em um planeta de tantas diferenças? Que projetos temos deveram ser lançados para amparar esses perdidos para que melhor se ancorem com seus filhos e, quem sabe, até possam retornar à sua desmoronada pátria?

Por: Maria Lopes, colunista e advogada