Economia

Companhias migram parte da produção da Argentina para o Brasil

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A crise na Argentina, que se estende desde 2018 e se acentuou com a pandemia, tem levado multinacionais, sobretudo da cadeia automotiva, a retirarem parte de seus negócios do país, concentrando-os no Brasil. Basf, Saint-Gobain Sekurit e Axalta já tomaram esse caminho, enquanto empresas menores de infraestrutura analisam a mudança.

A Basf informou que vai trazer a produção de tintas automotivas da Argentina a partir do segundo semestre de 2021. A companhia disse se tratar de uma alteração na estratégia do negócio, que busca simplificar a produção em nível regional. O diretor de tintas automotivas da empresa para a América do Sul, Marcos Fernandes, destacou que o grupo não está deixando o mercado argentino, onde está há 70 anos.

A empresa tem 600 empregados no país vizinho, e o fim da produção das tintas afetará 10% do quadro. A unidade do grupo em São Bernardo do Campo (SP) deverá concentrar a produção.

A Saint-Gobain Sekurit afirmou que realizou a suspensão temporária da produção para o segmento de OEM (vidro automotivo), mantendo seus ativos industriais na Argentina, na expectativa de uma possível retomada do mercado. Essa medida, segundo a empresa, foi necessária para garantir a sustentabilidade da operação.

“A empresa permanece atuando no país, atendendo ao mercado de reposição. Além disso, parte dos volumes produzidos para o mercado OEM da Argentina foi transferida para o Brasil, temporariamente”, informou a empresa.

Em nota, a Axalta disse que se viu forçada a fechar suas operações na Argentina por conta da situação econômica do país e do impacto da covid-19. “Como parte da estratégia para atender a região, continuaremos a assistir nossos clientes (…) por meio de modelo de importação.”

Segundo o presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira, Federico Servideo, entre as companhias interessadas no Brasil, estão empresas de médio porte que tinham, até o momento, pequena presença por aqui.

Fonte: O Povo

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