Futebol

Com torcida “do contra”, Uniclinic festeja título da Série C do Cearense

Jogando em casa com “invasão” de torcedores do Itapajé, Águia vence duelo contra Galo, brilha na terceirona e tem apoio importante do “quarteto da precabura”

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Jogando em casa com “invasão” de torcedores do Itapajé, Águia vence duelo contra Galo, brilha na terceirona e tem apoio importante do “quarteto da precabura”

 

Antes badalados do futebol cearense, hoje meros coadjuvantes, Uniclinic e Itapajé decidiram na tarde deste domingo (28), no estádio Antonio Cruz, em Fortaleza, o título do Campeonato Cearense da Série C. A equipe do Uniclinic venceu a partida por 1 a 0, com gol do experiente Zé Augusto, aos 30 minutos do segundo tempo. Além do acesso já garantido, a Águia da Precabura consolidou o título da competição, sob comando do treinador Erasmo Forte.

Ressurgimento. Essa era a importância do título para as duas equipes, que um dia já deram trabalho para os grandes do futebol cearense. O Uniclinic, que já disputou final de turno no Campeonato Cearense diante do Fortaleza em 2005, jogava em casa, beneficiado pela melhor campanha na competição. A equipe do Itapajé, quarto lugar na primeira divisão do cearense em 2001, apesar de jogar em Fortaleza, tinha a torcida em seu favor. Cerca de 400 torcedores vieram do norte do Estado para apoiar e incentivar o Galo da Serra. Maioria absoluta nas arquibancadas do Antônio Cruz.

Águia x Galo

Se em jogos da Série A e da Série B do Campeonato Brasileiro já é comum ver jogos de baixa qualidade técnica, a terceira divisão de um estadual não poderia ser infiel. Mas, diferente dos campeonatos acima citados, observou-se nesta tarde vontade, entrega e raça dentro de campo, compensando em partes a qualidade e comprometimento tático. 

O primeiro tempo das duas equipes foram de lampejos. O Uniclinic tinha mais qualidade na armação das jogadas, com o experiente Zé Augusto municiando bem a velocidade do ex-Guarani de Juazeiro, Netinho. Em uma das poucas investidas no primeiro tempo, Vitor Hugo salvou a equipe do Galo de sofrer o primeiro gol. No intervalo de partida, a equipe do Itapajé, comandada pelo ídolo Mirandinha, primeiro jogador brasileiro a atuar na Inglaterra, não chegou a ir para o vestiário, ficando próximo ao banco de reservas. Era fácil ouvir as orientações passadas para os jogadores à beira do campo.

 – Não estamos conseguindo trocar três ou quatro passes e a bola já volta para eles! – reclamou Mirandinha.

“Quarteto da precabura”

O segundo tempo começou animado. Na tentativa de sair mais com os laterais, o Itapajé deixava vazios no sistema defensivo. Então a Águia buscava encaixar jogadas eficientes com a chegada surpresa dos volantes Felipe e Stênio, mas faltava finalizar a jogada com melhor aproveitamento. Percebendo isso, Erasmo colocou mais um experiente em campo, o centroavante Moré. 

Aos 30 minutos, o time foi premiado com o gol. O atacante atraiu a marcação da zaga do Galo, que se atrapalhou e rebateu a bola para o lado esquerdo da área. Zé Augusto entrou sozinho para marcar o gol do título. O Itapajé até pressionou, Erasmo promoveu ainda entrada do volante experiente Ricardo Baiano para fechar o ferrolho defensivo e consolidar o “quarteto da precabura”, formado por Zé Augusto, Netinho, Ricardo Baiano e Moré.

Ao final da partida, treinador e comissão técnica do Itapajé reclamavam da arbitragem por terem encerrado a partida sem respeitar o tempo adicional, já que a equipe da serra pressionava buscando o empate para forçar uma prorrogação. 

Fonte: Globo Esporte

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